O governo da Arábia Saudita deu uma contribuição de 100 milhões de dólares à coalizão internacional contra o Estado Islâmico (EI) para apoiar projetos de estabilização em zonas da Síria libertadas do controle do grupo terrorista. Os recursos, em princípio, não serão transferidos ao governo de Bashar Assad.
Segundo a agência saudita SPA, os fundos serão utilizados para “revitalizar” comunidades devastadas pelo EI, como é o caso de Raqqa, no nordeste da Síria, considerada a antiga capital do califado declarado pelo grupo jihadista.
“Os fundos serão destinadas a projetos para restaurar os serviços essenciais nas áreas de saúde, agricultura, eletricidade, água, educação, transporte (estradas e pontes principais) e à eliminação de escombros”, detalhou a nota.
As autoridades sauditas esperam que estes fundos contribuam para salvar vidas, facilitar o regresso dos deslocados e ajudar que o EI “não ressurja” para ameaçar a Síria e outros países vizinhos ou para planejar ataques contra a comunidade internacional.
A Arábia Saudita faz parte da coalizão internacional que combate o Estado Islâmico na Síria. Trata-se do segundo país com mais missões aéreas na Síria contra o EI, atrás apenas dos Estados Unidos, segundo a nota. Além disso, o reino lidera o Grupo de Trabalho de Contra-finanças e é membro dos grupos de trabalho de Comunicações e Estabilização na coalizão.
O EI perdeu a maioria dos terrenos que conquistou na Síria e no Iraque em 2014, mas ainda conserva algumas populações no noroeste da Síria na margem do Eufrates e algumas zonas desérticas.
No entanto, a Organização das Nações Unidas (ONU) advertiu que o grupo terrorista recuperou força na primeira metade deste ano, em um relatório publicado na segunda-feira (13).
Calcula-se, segundo o relatório, que o grupo segue contando no Iraque e na Síria com entre 20.000 e 30.000 membros, distribuídos entre os dois países.
(Com EFE)