A tradição faz parte da vida de todo seguidor do islã: visitar Meca, a cidade sagrada, é uma obrigação para os muçulmanos que tenham condições financeiras de fazê-lo. Mas a pandemia de Covid-19, doença causada pelo coronavírus, tornou a missão um pouco mais complicada. Pela primeira vez, em 90 anos, a Arábia Saudita irá limitar a quantidade de fiéis que poderão entrar na cidade durante o Hajj, o período de peregrinação de fieis.
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Clique e AssineO ministro saudita para o Hajj, Mohammed Benten, disse em entrevista coletiva na segunda-feira 22 que a quantidade será fixada em apenas 1.000 pessoas, “talvez um pouco mais ou um pouco menos”, afirmou.
A peregrinação prevista para o fim de julho se limitará a fiéis de menos de 65 anos e que não sofrem doenças crônicas, afirmou o ministro da Saúde, Tawfik al-Rabiah. Sem darem mais detalhes de como a seleção irá ocorrer, os ministros disseram que apenas pessoas que residem na Arábia Saudita poderão participar do Haji. Todos terão que passar por exames de Covid-19, antes de seguir para Meca. E depois terão que entrar em isolamento de até 10 dias em suas casas.
No ano passado, 2,5 milhões de peregrinos do mundo inteiro viajaram a Meca, a limitação, no entanto, se tornou necessária, já que a Arábia Saudita é o segundo país mais atingido pela pandemia no Oriente Médio, com 164.144 casos e 1.346 mortes, segundo a Johns Hopkins University. No domingo 21, o governo saudita começou a levantar as restrições de isolamento e autorizou a reabertura gradual do comércio no país.