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Arábia Saudita rejeita decisões do Senado dos EUA sobre Khashoggi e Iêmen

Ministro do país acusou o governo americano de se basear em acusações infundadas para tentar interferir na política do Reino

Por Da Redação
17 dez 2018, 13h44
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  • Rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdulaziz Al Saud, e presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Riyadh, na Arábia
    Opositores da resolução defendem que manter o relacionamento entre sauditas e americanos é fundamental na oposição ao Irã - 20/05/2017 (Jonathan Ernst/Reuters)

    O ministério de Relações Exteriores da Arábia Saudita rejeitou a resolução aprovada pelo senado dos Estados Unidos condenando o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman pelo assassinato do jornalista Jamal Khashoggi. Em votação paralela, o fim do apoio militar norte-americano à coalizão saudita na guerra do Iêmen também foi apoiado.

    “O Reino da Arábia Saudita rejeita a posição tomada recentemente pelo senado dos Estados Unidos, que foi baseada em alegações infundadas, e contém interferências óbvias nas relações interiores do Reino, ameaçando seu papel regional e internacional”, disse a autoridade saudita em posicionamento postado no Twitter na noite de domingo 16.

    A resolução sobre o caso do jornalista declara que o senado “acredita que o príncipe herdeiro bin Salman é responsável pelo assassinato de Jamal Khashoggi” e pede que “o governo do Reino da Arábia Saudita garanta a punição apropriada de todos aqueles envolvidos no crime.”

    As decisões de quinta-feira 13 foram uma repreensão rara do Senado ao presidente dos EUA, Donald Trump, mas essencialmente simbólicas. Para se tornarem leis, elas precisariam passar pela Câmara dos Deputados, em que líderes republicanos barraram toda e qualquer legislação concebida para repreender os sauditas.

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    Khashoggi, crítico do príncipe bin Salman, passou a escrever para o jornal Washington Post depois de se mudar para os Estados Unidos no ano passado, e foi morto dentro do consulado saudita em Istambul no início de outubro. Autoridades sauditas rejeitaram as acusações de que o príncipe herdeiro ordenou seu assassinato.

    O crime provocou revolta mundial e prejudicou a reputação internacional do príncipe de 33 anos, o líder de fato do reino, que está impulsionando reformas econômicas e sociais no maior exportador de petróleo do mundo. Ele também lidera uma coalizão que apoia o governo do Iêmen contra rebeldes houthis, em uma guerra que causa a  maior crise humanitária do mundo atual.

    Em conversas mediadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) na Suécia na semana passada, as partes em conflito concordaram com um cessar-fogo local para tentar evitar mais mortes na cidade portuária de Hodeidah, que é vital para as remessas de alimentos e ajuda humanitária.

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    Oponentes das resoluções do Senado querem manter o relacionamento entre Washington e Riad, que consideram um oposição essencial a Teerã, inimigo militar americano no Oriente Médio.

    Autoridades norte-americanas também veem o apoio saudita como um pilar do plano de paz para israelenses e palestinos ainda a ser debatido pelo governo Trump, e argumentam que suspender o apoio dos Estados Unidos pode complicar os esforços de pacificação no Iêmen.

    O comunicado da Arábia Saudita ainda diz que o reino “espera não se arrastado para debates políticos internos nos Estados Unidos da América para evitar quaisquer ramificações nos laços entre os dois países que poderiam ter impactos negativos significativos nesta parceria estratégica importante”.

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