O arcebispo de Washington, Donald Wuerl, negou nesta segunda-feira 27 as acusações de que teria encoberto os abusos sexuais cometidos por seu antecessor, o cardeal Theodore McCarrick, punido em junho pelo papa Francisco.
As acusações foram feitas pelo ex-representante da Santa Sé nos Estados Unidos, Carlos Maria Viganò.
Em nota, Wuerl afirmou que Viganò não tem provas para sustentar as alegações e explicou que ninguém se apresentou ao arcebispado como uma vítima dos abusos de McCarrick.
O ex-representante do Vaticano nos Estados Unidos, que atuava como um diplomata da Igreja no país, escreveu uma carta na qual acusa outros membros da Igreja Católica de formar um “lobby gay” para encobrir as acusações contra o ex-cardeal de Washington.
Além disso, ele afirma que o papa Francisco conhecia as denúncias contra McCarrick desde 2013.
Em junho, McCarrick, de 88 anos, foi afastado do colégio de cardeais. O papa o proibiu de exercer qualquer cargo na Igreja e o obrigou a viver em uma casa de “oração e penitência”.
Viganò ainda afirmou que Francisco lhe perguntou sobre McCarrick. Ele diz ter respondido ao papa que o ex-cardeal corrompeu gerações de seminaristas e sacerdotes.
A carta de Viganò foi divulgada pouco depois de Francisco ter pedido em Dublin, durante o Encontro Mundial das Famílias no domingo 26, desculpas pelos abusos cometidos pelo clero na Irlanda.
O pontífice admitiu ter lido a carta de Viganò, mas preferiu não se pronunciar. Para o papa, o texto do representante “fala por si próprio”.
(Com EFE)