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Ataque russo a armazéns de grãos provocará fome em países pobres, diz ONU

Tropas russas confiscaram também navios que carregavam grãos ucranianos no Mar Negro

Por Da Redação
21 jul 2023, 17h34
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  • Armazém de exportação de grãos destruídos na cidade de Odessa, na Ucrânia. 21/07/2023
    Armazém de exportação de grãos destruídos na cidade de Odessa, na Ucrânia. 21/07/2023 (Tim White/Twitter)

    Pelo quarto dia consecutivo, a Rússia destruiu nesta sexta-feira, 21, armazéns de exportação de grãos situados na cidade ucraniana de Odessa, uma ação que poderá levar ao aumento da fome em países pobres, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). As tropas russas confiscaram também navios que carregavam grãos ucranianos no Mar Negro. Autoridades ocidentais alegam que a apreensão busca reverter as pesadas sanções impostas ao país desde o início da guerra, em fevereiro do ano passado, sob a ameaça de instaurar uma crise mundial de alimentos.

    “Alguns passarão fome, alguns morrerão de fome, muitos podem morrer como resultado dessas decisões”, afirmou o chefe de ajuda da ONU, Martin Griffiths, ao Conselho de Segurança, fazendo referência ao efeito cascata de aumento dos preços dos alimentos.

    Os ataques aéreos tiveram como foco terminais de grãos de uma empresa agrícola de Odesa. Como consequência, 100 toneladas de ervilhas e 20 toneladas de cevada foram incineradas, segundo o governador local, Oleh Kiper. Duas pessoas ficaram feridas no local, enquanto outras sete pessoas foram mortas sete em ofensivas aéreas russas em outras regiões ucranianas.

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    Moscou informou que a ação caracteriza uma forma de vingança à destruição da ponte que liga a Rússia à Crimeia, território anexado pelo governo de Vladimir Putin em 2014, pelas tropas de Vlodymyr Zelensky. Os russos alegam, ainda, que os ucranianos aproveitam o corredor marinho, utilizado por Kiev para o transporte de grãos, para realizar “ataques terroristas”.

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    A marinha do país teria disparado, então, contra “alvos flutuantes” no Mar Negro e passaria a considerar todos os navios rumo às águas ucranianas estão carregando armas. Em resposta, a Ucrânia adotou a mesma medida para embarcações russas. Os recentes ataques à infraestrutura de exportação de grãos e a ansiedade no mar já provocaram uma consequência concreta: os preços de contratos futuros de trigo ao maior ganho semanal em Chicago, referência no mercado, desde a invasão russa ao território ucraniano, em fevereiro do ano passado.

    Na última sexta-feira, o governo russo abandonou o acordo de grãos costurado pela ONU e Turquia em junho de 2022. A iniciativa permitiu que a Ucrânia exportasse 32 milhões de toneladas de grãos, no último ano, pelo Mar Negro, sendo responsável pela redução dos valores dos alimentos em cerca de 23%, apesar da guerra.

    Moscou defende que não participará do acordo enquanto melhores condições para suas vendas de alimentos e fertilizantes não forem ofertadas. Os russos afirmam, ainda, que a remessa suficiente de grãos ucranianos para países pobres não foi realizada com a interrupção das frotas no corredor marítimo, e que o país está negociando com os mais necessitados.

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