Ataques aéreos dos Estados Unidos na Somália mataram ao menos 62 terroristas do grupo Al Shabab durante o final de semana. A organização é ligada à Al Qaeda e matou mais de 26.000 pessoas desde 2008.
Segundo o Exército americano, foram realizados quatro bombardeios no último sábado 15, que mataram 32 terroristas, e outros dois ataques no domingo 16, nos quais morreram outros 26 jihadistas.
Desde que Donald Trump assumiu a Presidência dos Estados Unidos, bombardeios como estes se tornaram mais comuns na Somália. Os ataques aéreos deste final de semana, contudo, foram os mais fatais no país desde novembro de 2017, quando os americanos mataram 100 membros do Al Shabab.
Os bombardeios de sábado e domingo atingiram a região de Gandarshe, que fica ao sul da capital, Mogadíscio.
A ação americana, combinada com o governo da Somália, teve como objetivo impedir que o grupo use áreas remotas do país como refúgio para planejar e coordenar futuras ações.
“Em particular, o grupo usa regiões no sul e centro da Somália para planejar e dirigir ataques terroristas, roubar ajuda humanitária, extorquir a população local para financiar suas operações e abrigar terroristas radicais”, afirmou o Comando dos Estados Unidos para a África em comunicado sobre os ataques.
A Somália vive conflitos protagonizados por diversos grupos armados e governos ditatoriais desde os anos 1980. Atualmente, o país vive sob intervenção da União Africana, mas é constantemente vítima de ataques dos terroristas do Al Shabab.
O grupo jihadista, que anunciou em 2012 sua adesão à organização Al Qaeda, controla parte do território no centro e no sul do país, e combate a fim de instaurar na Somália um Estado islâmico.