Ataques de Israel a escolas em Gaza deixam ao menos 30 pessoas mortas
Ofensiva acontece um dia após nova rodada de negociações sem sucesso no Cairo
Ao menos 30 pessoas foram mortas após um ataque aéreo israelense neste domingo, 4, a duas escolas em Gaza. O exército de Israel afirma que atingiu um complexo militar do Hamas instalado no local, enquanto a agência de notícias oficial da Palestina alega que a maioria das vítimas era crianças. A ofensiva dá sequência a outros ataques a instituições de ensino e hospitais na região, que buscam atingir líderes do Hamas supostamente escondidos nesses locais para se proteger e fabricar armas.
Também neste domingo, de acordo com a agência de notícias Reuters, outro ataque de Israel atingiu um acampamento dentro de um hospital em Gaza, nas primeiras horas do dia. As autoridades de saúde locais afirmam que ao menos 44 pessoas foram mortas. As novas baixas acontecem um dia depois de uma rodada de negociações no Cairo terminar sem sucesso.
Nas imagens divulgadas pela mídia palestina, é possível ver corpos espalhados no pátio de uma das escolas atingidas, com voluntários carregando corpos de vítimas — entre elas, crianças, na tentativa de levá-los ao hospital. O Israel, por outro lado, acusa o Hamas de operar em instituições civis, o que o grupo nega. Algumas escolas na região têm sido usadas como abrigos para famílias deslocadas desde o início da guerra.
Depois da tentativa falhada de negociações no Cairo, as forças israelenses se preparam para uma nova série de ataques. Em algumas regiões, sirenes já foram disparadas e novos foguetes foram lançados pelo Hamas, afirma o exército de Israel. Como disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o país deve manter o controle sobre as áreas na fronteira com o Egito e controlar a entrada ao Norte de Gaza. Ele afirma que o Hamas não concordou com os termos de um cessar-fogo proposto, assim como com a libertação de reféns.