Ataques com mísseis realizados por Israel ao amanhecer desta terça-feira (10) contra a Faixa de Gaza abriram uma cratera na região de al-Mawasi, no sul do território palestino, em área considerada segura e que abrigava centenas de famílias.
A operação teve a participação de caças e foi resultado de uma ação conjunta do serviço de inteligência israelense (Shin Bet), da Inteligência Militar e do Comando Sul.
Segundo a Defesa Civil de Gaza, que é controlada pelo Hamas, ao menos 61 pessoas morreram como resultado do bombardeio.
Esse local é hoje um vasto campo arenoso onde milhares de palestinos estão abrigados desde que a invasão israelense ao enclave os expulsou de casa. O Hamas nega a presença de combatentes na região.
A rede de notícias Al-Jazeera, do Catar, divulgou que ao menos 20 barracas pegaram fogo e que os mísseis deixaram crateras com até nove metros de profundidade.
À reportagem da Al-Jazeera, testemunhas descreveram cenas de caos. Houve correria e o fogo se alastrou rapidamente, já que as barracas são confeccionadas com material altamente inflamável.
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), afirmam que o bombardeio atingiu um centro de comando do Hamas. Tel Aviv diz ainda que militantes do grupo palestino haviam se infiltrado na área humanitária de al-Mawasi.
Também afirmam que tomaram uma série de medidas para reduzir o número de vítimas e os danos à infraestrutura.
“Antes do ataque, muitas medidas foram tomadas para reduzir o risco de vítimas civis, incluindo o uso de munições de precisão, contratos de vigilância aérea e outras informações de inteligência”, diz trecho do comunicado.
“Esse é outro exemplo do uso sistemático da infraestrutura civil por organizações terroristas na Faixa de Gaza, incluindo espaços humanitários, para realizar atos terroristas”, conclui a autoridade israelense.