Mais de 10 mil civis foram mortos na Ucrânia desde a invasão russa em fevereiro de 2022, informou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos nesta terça-feira, 21.
O número real de vítimas pode ser “significativamente mais elevado” que os dados oficiais, no entanto, à medida que o trabalho de contagem ainda está em curso, segundo a agência da ONU.
De acordo com as informações divulgadas pela entidade, cerca de metade das mortes recentes não ocorreram na linha de frente do confronto, mas pela ação de armas explosivas com impacto amplo, como projéteis, mísseis e munições cluster — que se abrem no ar e despejam uma série de bombas no solo.
Além do alcance expressivo da artilharia russa, a ONU acredita que as mortes distantes das trincheiras sejam fruto da explosão tardia de dispositivos abandonados.
“Dez mil mortes de civis é um marco sombrio para a Ucrânia”, diz a chefe da missão em solo ucraniano, Danielle Bell.
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Os dados da organização humanitária apontam que a população idosa representa a fatia mais afetada pelos ataques, com um terço dos mortos. A faixa etária dos maiores de 60 anos representa apenas um quarto da população total do país.
Apesar dos números, a Rússia comandada por Vladimir Putin nega reiteradamente que tenha os civis como alvo.