Atirador do Walmart comprou pistola horas antes de matar e deixou recado
Segundo a polícia de Chesapeake, o assassino não tinha antecedentes criminais e comprou de forma legal a arma de 9mm no dia do tiroteio
O supervisor do Walmart, que atirou e matou seis colegas de trabalho no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, deixou para trás o que chamou de uma “nota da morte”, na qual culpa as vítimas por zombarem dele. A polícia de Chesapeake, cidade onde ocorreu o ataque revelou nesta sexta-feira, 25, que o atirador não tinha antecedentes criminais e comprou a arma de 9mm de forma legal, no próprio dia do tiroteio.
“Desculpe a todos, mas eu não planejei isso, prometo que as coisas se encaixaram como se eu fosse liderado pelo Satanás”, escreveu o assassino em uma nota que foi deixada em seu telefone, disse a polícia de Chesapeake, em Virginia.
Andre Bing, 31, matou seis pessoas na noite de terça-feira, 23. De acordo com uma testemunha, o atirador atacou os colegas na sala de descanso onde seus colegas de trabalho se reuniam às 22h, antes do começo de seu turno. Quando a polícia chegou, logo depois, o encontrou morto por um tiro aparentemente auto-infligido.
Segundo as autoridades, duas pessoas feridas no tiroteio permaneceram hospitalizadas nesta sexta-feira, 22, incluindo uma em estado crítico.
Os novos detalhes do caso forneceram a primeira indicação das motivações do ataque. Outros colegas de trabalho do atirador disseram que ele tinha a reputação de ser um supervisor agressivo, se não hostil, que uma vez admitiu ter “problemas de raiva”. Mas ele também conseguia fazer as pessoas rirem e parecia estar lidando com o estresse típico no trabalho, que muitas pessoas sofrem.
A nota atribuída ao atirador pela polícia indicava a crença de que pelo menos um de seus colegas de trabalho estava “tentando se livrar de mim desde o primeiro dia” e que seu telefone havia sido “hackeado”. A nota incluía várias referências a Deus, o Espírito Santo e Satanás e sugeria que Bing se preocupava em ter “déficits sociais” desde criança.
Em um comunicado, o Walmart disse nesta sexta-feira que “não há nada que justifique tirar vidas inocentes”.