Atos pró-Palestina iniciados em universidades dos EUA chegam à USP
Alunos da Universidade de São Paulo iniciaram abaixo-assinado pedindo que governo brasileiros e instituições cortem laços com Israel
Estudantes da Universidade de São Paulo (USP) iniciaram um acampamento a favor da Palestina nesta terça-feira, 7. Os alunos distribuíram um abaixo-assinado que exige que o governo brasileiro e instituições de ensino superior do Brasil rompam relações com Israel. A ação segue os atos iniciados pela Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, em que alunos e professores acamparam em frente ao edifício principal, e se espalharam para mais de 100 campi universitários americanos e 900 mundo afora.
Nos EUA, no entanto, algumas manifestações se desconectaram do viés pacífico, em que era baseado em um discurso a favor de um cessar-fogo no Oriente Médio, e manifestantes impediram o acesso de alunos e professores a sala de aulas. Houve vandalização de prédios universitários e tumultos que deixaram centenas de presos.
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Em Nova York, oficiais do Departamento de Polícia prenderam cerca de 300 pessoas na Universidade de Columbia na semana passada, depois que a polícia com equipamento anti-motim invadiu um prédio no campus onde manifestantes pró-Palestina se barricaram. Na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), policiais e manifestantes entraram em confronto quando agentes começaram a desmantelar um acampamento.
Imagens de TV ao vivo mostraram manifestantes presos, ajoelhados no chão, com as mãos amarradas nas costas. Dezenas de fortes explosões também foram ouvidas durante o confronto devido às granadas de atordoamento disparadas pela polícia.
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“Situações como essa reforçam um fato: a guerra entre Israel e o Hamas avançou territórios, não com a presença de soldados, mas sim com a invasão de narrativas agressivas, cheias de ódio e sem fundamento histórico que estão ganhando corpo em locais muito além das fronteiras entre Israel e Gaza”, diz Marcos Knobel, presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo.