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Atos pró-Palestina iniciados em universidades dos EUA chegam à USP

Alunos da Universidade de São Paulo iniciaram abaixo-assinado pedindo que governo brasileiros e instituições cortem laços com Israel

Por Mafê Firpo Atualizado em 8 Maio 2024, 13h54 - Publicado em 7 Maio 2024, 18h42

Estudantes da Universidade de São Paulo (USP) iniciaram um acampamento a favor da Palestina nesta terça-feira, 7. Os alunos distribuíram um abaixo-assinado que exige que o governo brasileiro e instituições de ensino superior do Brasil rompam relações com Israel. A ação segue os atos iniciados pela Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, em que alunos e professores acamparam em frente ao edifício principal, e se espalharam para mais de 100 campi universitários americanos e 900 mundo afora.

Nos EUA, no entanto, algumas manifestações se desconectaram do viés pacífico, em que era baseado em um discurso a favor de um cessar-fogo no Oriente Médio, e manifestantes impediram o acesso de alunos e professores a sala de aulas. Houve vandalização de prédios universitários e tumultos que deixaram centenas de presos.

+ Atos nas universidades dos EUA testam limites da liberdade de expressão

Em Nova York, oficiais do Departamento de Polícia prenderam cerca de 300 pessoas na Universidade de Columbia na semana passada, depois que a polícia com equipamento anti-motim invadiu um prédio no campus onde manifestantes pró-Palestina se barricaram. Na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), policiais e manifestantes entraram em confronto quando agentes começaram a desmantelar um acampamento.

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Imagens de TV ao vivo mostraram manifestantes presos, ajoelhados no chão, com as mãos amarradas nas costas. Dezenas de fortes explosões também foram ouvidas durante o confronto devido às granadas de atordoamento disparadas pela polícia.

+ EUA: após semanas de protestos, Columbia cancela cerimônia de formatura

“Situações como essa reforçam um fato: a guerra entre Israel e o Hamas avançou territórios, não com a presença de soldados, mas sim com a invasão de narrativas agressivas, cheias de ódio e sem fundamento histórico que estão ganhando corpo em locais muito além das fronteiras entre Israel e Gaza”, diz Marcos Knobel, presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo.

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