Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Autoridades sugerem volta do serviço militar obrigatório na Alemanha

O debate foi iniciado depois de uma declaração do novo ministro da Defesa alemão, dizendo que a suspensão do recrutamento 'foi um erro'

Por Da Redação
9 fev 2023, 11h14
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Políticos e militares da Alemanha iniciaram um debate sobre o retorno do serviço militar obrigatório no país, depois que o novo ministro da Defesa do país, Boris Pistorius, afirmou na semana passada que o fim do recrutamento geral, em 2011, foi um “erro”. Segundo defensores da medida, o resultado foi um afastamento do público das instituições cívicas.

    A comissária parlamentar alemã para as Forças Armadas, Eva Högl, instigou o governo a pensar se a escassez de soldados nas fileiras do exército alemão poderia ser resolvida com a volta do serviço cívico obrigatório.

    “Definitivamente precisamos de mais pessoal na Bundeswehr (Forças Armadas unificadas da Alemanha)”, disse Högl ao jornal Augsburger Allgemeine.

    + Em busca de bons negócios: o encontro do chanceler alemão com Lula

    Jan Christian Kaack, chefe da marinha alemã, também concorda com a volta do serviço obrigatório e propôs ao governo seguir o modelo norueguês. Na Noruega, homens e mulheres são convocados para exames ao completar 19 anos, mas apenas os mais motivados são convocados para o exército.

    Continua após a publicidade

    “Acredito que uma nação que precisa se tornar mais resiliente em tempos como estes”, disse Kaack.

    Na declaração de Pistorius, o novo ministro fala que a eliminação do serviço obrigatório foi um erro por conta da questão doméstica de aceitação social das forças armadas na sociedade alemã, não à ameaça enfrentada pela Rússia. “Antigamente, havia um recruta em cada mesa da cozinha”, afirmou. “O que significa que sempre houve uma conexão com a sociedade civil em geral.”

    + Putin: Depois do nazismo, Rússia é ameaçada novamente por tanques alemães

    De 1956 a 2011, homens alemães eram obrigados a prestar algum tipo de serviço cívico ao completar 18 anos. Caso não quisessem servir ao exército, eles podiam trabalhar em instituições como hospitais ou lares para idosos. Em 2011, a então chanceler alemã, Angela Merkel, suspendeu a regra.

    Continua após a publicidade

    Desde então, oficiais do exército passaram a reclamar do esvaziamento de quartéis. Instituições sociais também foram afetadas pela falta de jovens para trabalhar em serviços de saúde.

    + Com meio ambiente em foco, Scholz se reúne com Lula em Brasília

    O governo alemão não aprova o debate e considera “sem sentido” trazer de volta o alistamento obrigatório, argumentando ainda que isso não poderia ser feito de uma hora para a outro.

    Para esse retorno, o governo teria que gastar milhões de euros para reconstruir e modernizar os quartéis e comprar armas e equipamentos para o treinamento dos recrutas. Exércitos modernos exigem pessoal treinado em equipamentos militares cada vez mais complexos, os jovens servindo por apenas alguns meses seriam de pouca utilidade para o fortalecimento do Bundeswehr.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.