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‘Balão espião’ chinês estava coletando sinais de comunicação, dizem EUA

Departamento de Estado dos EUA informou que a máquina faz parte de um programa de vigilância chinês e já passou mais de 40 países

Por Da Redação
Atualizado em 9 fev 2023, 17h44 - Publicado em 9 fev 2023, 15h17
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  • O Departamento de Estado dos Estados Unidos informou nesta quinta-feira, 9, que o balão espião da China, derrubado pelos militares americanos na costa da Carolina do Sul, era capaz de coletar sinais de comunicação. Ainda segundo o governo, o equipamento fazia parte de uma frota de balões vigilância dos militares chineses, que sobrevoou mais de 40 países em cinco continentes diferentes.

    Washington usou imagens de alta resolução dos voos do equipamento para determinar as suas capacidades e disse que o equipamento do balão “era claramente para vigilância de inteligência e inconsistente com o equipamento a bordo dos balões meteorológicos”, a justificativa oficial de Pequim.

    Além disso, o Departamento de Estado afirmou que o fabricante do balão tem relações próximas com o Partido Comunista Chinês, mas não informou o nome da empresa – que teria postado vídeos nas redes sociais dos balões sobrevoando o espaço aéreo americano e de outras nações.

    Autoridades americanas afirmaram que o país vai explorar ações contra a China e “também examinaremos esforços mais amplos para expor e abordar as atividades de vigilância mais amplas da China que representam uma ameaça à nossa segurança nacional e aos nossos aliados e parceiros”, afirmou o comunicado.

    + Balão espião é parte de amplo esquema de vigilância chinês, diz emissora

    No balão havia um arranjo de antenas que poderia coletar e geolocalizar comunicações, disse o Departamento de Estado, e a máquina tinha energia o suficiente para para operar “vários sensores ativos de coleta de inteligência”. O tipo de comunicação que era alvo dos balões ainda não está claro, contudo, e mais investigações estão em andamento.

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    “Estamos analisando [o balão] para saber mais sobre o programa de vigilância. Combinaremos isso com o que aprendemos com o próprio balão e com o que conseguimos coletar com a observação cuidadosa quando ele estava em nosso espaço aéreo, como o presidente instruiu sua equipe a fazer”, afirmou o secretário de Estado, Antony Blinken,

    Na última sexta-feira 3, o Ministério das Relações Exteriores da China disse que o balão flagrado sobre o estado de Montana era de uso civil, para pesquisas meteorológicas, bem como o equipamento à deriva na América Latina, também localizado pelo Pentágono.

    + China diz que segundo ‘balão espião’, avistado na América Latina, é seu

    Quando o balão chinês foi derrubado por um caça americano, Pequim declarou que teria o direito de responder em casos semelhantes. Autoridades chinesas defenderam ainda que os Estados Unidos não poderiam ficar com o balão por ser uma propriedade da China.

    O incidente desencadeou uma crise diplomática. Blinken cancelou uma viagem que faria no último fim de semana a Pequim, onde se encontraria com o presidente chinês, Xi Jinping. O secretário de Estado disse que o balão violou a soberania nacional e foi “um ato irresponsável” da China.

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    O governo dos Estados Unidos também disse que outros casos de balões espiões foram descobertos: três durante o governo de Donald Trump e dois na administração de Joe Biden.

    A descoberta dessa tecnologia pode estimular o governo Biden a tomar medidas mais duras para garantir que as empresas ocidentais não exportem sua tecnologia para a China. O presidente já impôs limites a venda de “tecnologias fundamentais” para a China, como chips semicondutores avançados e certas tecnologias de fabricação de chips.

    + China promete ‘resposta necessária’ após EUA derrubarem balão ‘espião’

    Enquanto isso, o Departamento de Estado americano começou uma campanha para alertar países aliados sobre o programa de vigilância chinês. Informações sobre os balões estão sendo enviadas para as embaixadas como um alerta.

    Os balões têm vantagens em relação a satélites por conseguirem escapar de radares e voar mais perto da Terra, coletando informações que orbitam em padrões regulares. Eles também podem produzir imagens mais nítidas por voarem mais baixo.

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