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Banidos por Trump, militares trans têm aposentadoria negada pela Força Aérea dos EUA

Decisão ocorre após Suprema Corte dos EUA permitir, em maio, que pessoas transgênero sejam banidas do serviço

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 8 ago 2025, 09h47

A Força Aérea dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira, 8, que militares transgênero que serviram por 15 a 18 anos não terão direito à aposentadoria antecipada. A decisão significa que eles serão obrigados a escolher entre uma indenização única oferecida às tropas juniores ou simplesmente serem afastados sem qualquer benefício. A medida ocorre após a Suprema Corte dos EUA permitir, em maio, que militares trans sejam banidos do serviço numa vitória para o governo do presidente americano, Donald Trump.

Um porta-voz da Força Aérea, em condição de anonimato devido à sensibilidade do assunto, disse à agência de notícias Associated Press que “embora militares com 15 a 18 anos de serviço honroso tivessem permissão para solicitar uma exceção à política, nenhuma das exceções foi aprovada”. Antes disso, cerca de uma dúzia de militares trans foram “notificados prematuramente” de que poderiam se aposentar antes de serem expulsos, afirmou o funcionário.

Ao retornar à Casa Branca, em 20 de janeiro, Trump assinou um decreto que mirava especificamente militares trans, afirmando que um homem que se identifica como mulher “não era consistente com a humildade e a abnegação exigidas de um membro do serviço”. No mesmo mês, o Pentágono informou que deixaria de de realizar e facilitar procedimentos de afirmação de gênero.

Em fevereiro, o Departamento de Defesa anunciou a proibição sob a justificativa de que o alistamento de pessoas trans contraria a “política do governo Estados Unidos estabelecer altos padrões de prontidão, letalidade, coesão, honestidade, humildade, uniformidade e integridade dos militares”, acrescentando que era “inconsistente com as restrições médicas, cirúrgicas e de saúde mental de indivíduos com disforia de gênero ou que tenham um diagnóstico atual ou histórico de disforia de gênero, ou que apresentem sintomas consistentes com ela”.

+ Em vitória para Trump, Suprema Corte permite que Forças Armadas excluam pessoas trans

‘Crueldade aberta’

Após o aval da Suprema Corte, o secretário de Defesa, Pete Hegseth, disse que soldados transgêneros teriam a opção de se voluntariarem para sair e receberem uma indenização única ou serem retirados involuntariamente mais tarde. A política, disse um funcionário do Pentágono na ocasião, trataria “qualquer pessoa afetada por ela com dignidade e respeito”.

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As tropas da ativa tinham até 6 de junho para se identificar voluntariamente e receber um pagamento, ao passo que as tropas da Guarda Nacional e da Reserva poderiam fazê-lo até 7 de junho. Mas, em julho, pessoas trans que serviram às Forças Armadas afirmaram ao site de notícias militares Military.com que o processo de saída era “desumanizador” e uma “crueldade aberta”, incluindo a reversão ao gênero de nascimento nos registros.

Logan Ireland, sargento-mor da Força Aérea dos EUA com 15 anos de serviço, incluindo uma missão no Afeganistão, é um afetados. Ele contou à Associated Press que se sentia “traído e devastado com a notícia” e que o chefe do comando estava “com lágrimas nos olhos” quando comunicou a Logan que sua aposentadoria havia sido negada.

Não há dados oficiais sobre a quantidade de militares trans nos Estados Unidos. Segundo a agência de notícias Reuters, embora defensores do grupo calculem que o número esteja por volta de 15 mil pessoas, autoridades estimam que seja ainda maior.

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