Bashar al-Assad, presidente da Síria, reuniu-se este domingo com um grupo de deputados russos, um encontro que acontece pouco mais de 24 horas após o ataque conduzido pelos Estados Unidos, Reino Unido e França a alguns de seus centros militares e depósitos de armas. Segundo agências de notícias russa, Al-Assad disse que via o ataque como “um claro ato de agressão”. Já os americanos e aliados justificam a ofensiva como um recurso ao uso de armas químicas por parte do governo sírio contra a população de Douma.
“O presidente sírio vê neste ataque uma agressão e nós partilhamos da sua posição”, disse o deputado russo Sergei Zheleznyak à agência de notícias TASS. A percepção geral dos deputados é de Al-Assad estava “de bom humor e com vontade de continuar o seu trabalho em Damasco”. Durante a reunião, elogiou ainda as defesas antimíssil da Rússia, que ajudaram a repelir alguns dos disparos da madrugada de sábado. Uma fonte do exército russo disse que esses mesmos mecanismos tinham conseguido interceptar e destruir 71 dos 105 mísseis lançados pelos norte-americanos, britânicos e franceses mas o Pentágono reforçou no sábado à tarde que todos os alvos previstos foram atingidos e que a missão cumpriu o seu objetivo.
A Rússia tem sido o maior aliado de Al-Assad numa guerra contra a insurgência rebelde que tomou contra do país depois do início da Primavera Árabe em 2011. A guerra da Síria já fez meio milhão de vítimas mortais.