O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta terça-feira (29), que só acreditará na promessa da Rússia de reduzir seus ataques à Ucrânia quando isso de fato acontecer.
A afirmação foi feita durante entrevista coletiva com o primeiro-ministro de Singapura, Lee Hsieng Loong, em Washington.
“Vamos ver se eles cumprem o que estão prometendo”, disse Biden, observando que se reuniu virtualmente com líderes da França, Alemanha, Reino Unido e Itália nesta terça para discutir a situação da Ucrânia.
“É um consenso de que primeiro temos que observar como eles vão agir”, afirmou Biden.
Mais cedo, o Ministério da Defesa da Rússia anunciou o primeiro cessar-fogo sem motivação humanitária desde o começo da invasão à Ucrânia, em 24 de fevereiro.
Segundo a pasta, haverá uma “redução drástica nas atividades militares em torno de Kiev e Tchernihiv.
O anúncio acontece em meio ao encontro entre diplomatas dos dois países realizado na Turquia.
Essa medida era exigência de Kiev para que negociações seguissem adiante. Em troca, Moscou demanda a aplicação de um estatuto de neutralidade à nação ucraniana
Biden também fez questão de dizer que vai prosseguir com as sanções econômicas contra a Rússia.
“Continuaremos a manter fortes sanções”, disse. “E prosseguimos com o fornecimento de equipamentos militares aos ucranianos, aumentando sua capacidade de defesa”, completou.
O líder americano disse ainda que estão em estudo formas de aumentar a assistência humanitária aos milhões de refugiados da guerra, tanto os deslocados internamente quanto aqueles que buscaram abrigo em outros países da Europa.
Nos últimos dias, Biden vem emitindo declarações fortes contra o presidente russo, Vladimir Putin.
O democrada disse que não pediria desculpas e que não recuaria dos comentários em que afirmou que Putin “não pode permanecer no poder”.
Segundo Biden, ele não está pedindo por uma mudança de regime em Moscou, mas apenas expressando sua vontade pessoal.
“Uma intervenção representaria o confronto direto de dois países com armas nucleares”, disse o presidente americano.
“Eu estava expressando minha indignação moral com relação a esse homem”, disse. “Mas não articulo uma mudança de política”, concluiu.