Biden revela orçamento de US$ 6,8 tri para 2023, dobrando poder do governo
A bolada, no entanto, tem pouca chance de ser aprovada no Congresso dividido, em meio a risco de inadimplência do Estado
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, propôs nesta quinta-feira, 9, o terceiro orçamento de seu mandato – e o primeiro apresentado a um Congresso dividido. O plano de US$ 6,8 trilhões (R$ 34,9 trilhões) propõe aumentar os gastos militares, bem como uma ampla gama de novos programas sociais, além de reduzir futuros déficits orçamentários.
Como o Partido Republicano controla a Câmara, o projeto completo não tem chance de se tornar lei. Mesmo assim, aposta em uma luta para aumentar o limite da dívida federal e a trajetória fiscal do país.
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O orçamento contém cerca de US$ 5 trilhões (R$ 25,65 trilhões) em aumentos de impostos para grandes fortunas e corporações ao longo de uma década, principalmente para compensar novos programas de gastos destinados a ajudar a classe média e os pobres. O plano de Biden também visa reduzir os déficits orçamentários em quase US$ 3 trilhões (R$ 15,4 trilhões) ao longo desse período, em comparação com a trajetória atual do país.
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A proposta de Biden abre a batalha sobre o teto da dívida, ou o valor que o Tesouro pode tomar emprestado para pagar as contas já incorridas pelo governo.
Tecnicamente, o governo ficou sem dinheiro – o Tesouro está adiando um calote com manobras contábeis, mas essas opções se esgotarão em alguns meses. O Congresso precisa aumentar ou suspender o limite para evitar um calote, mas os republicanos querem cortar gastos futuros antes de concordar em fazê-lo.
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A proposta completa do presidente não tem chance de se tornar realidade, mas sua apresentação é o início de um longo e complicado processo no Congresso para definir um orçamento para o governo federal e depois financiá-lo.