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Blinken disse a Lula que EUA discordam de fala sobre o Holocausto

Declaração aconteceu durante reunião do secretário de Estado americano com o presidente brasileiro

Por Mafê Firpo Atualizado em 7 Maio 2024, 17h05 - Publicado em 21 fev 2024, 19h30

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o encontro dos dois no palácio presidencial em Brasília nesta quarta-feira, 21, que os Estados Unidos não concordam com a fala do petista que comparou os ataques de Israel a Gaza ao Holocausto.

A informação foi confirmada pelo porta-voz do Departamento do Estado, Matthew Miller, durante coletiva de imprensa na tarde desta quarta. Segundo Miller, Blinken e Lula tiveram uma “troca franca”.

“O secretário teve a oportunidade de discutir os comentários com o presidente Lula hoje, na sua reunião, (…) e deixou claro, como eu fiz ontem, que são comentários com os quais não concordamos”, afirmou Miller. Na terça-feira 19, Miller já tinha comentado que o governo americano discordava da declaração do chefe de estado brasileiro.

No domingo 18, durante entrevista a jornalistas no hotel onde estava hospedado em Adis Abeda, capital da Etiópia, Lula afirmou que a ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza é um “genocídio” tal qual “quando Hitler decidiu matar os judeus”.

“Sabe, o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse o presidente brasileiro.

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Persona non grata

Em reação, Israel declarou na segunda-feira 19, o líder brasileiro persona non grata e convocou o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer, para uma reprimenda. O encontro entre o ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, foi realizado no museu do Holocausto Yad Vashem, tornando a reunião em uma espécie de espetáculo da diplomacia entre ambos os países. Ele aproveitou para mostrar o nome dos avós no livro das vítimas da tragédia. Em seguida, como o Itamaraty adiantou a VEJA, Lula chamou Meyer de volta ao Brasil, em um agravamento do impasse diplomático entre Brasil e Israel.

“Diante da gravidade das declarações desta manhã do governo de Israel, o ministro Mauro Vieira, que está no Rio de Janeiro para a reunião do G20, convocou o embaixador israelense Daniel Zonshine para que compareça hoje [segunda-feira 19] ao Palácio Itamaraty, no Rio. E chamou para consultas o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer, que embarca para o Brasil amanhã [terça-feira, 20]”, disse um comunicado.

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Na terça-feira, Katz começou uma série de postagens na plataforma X sobre a declaração de Lula. Nesta quarta, o chanceler publicou um vídeo com uma das sobreviventes do ataque de Hamas a Israel em 7 de outubro. Na declaração, a brasileira Rafaela Triestman, que estava na rave Universo Paralello, onde 260 pessoas foram mortas, relatou que estava com o namorado, Ranani Glazer, quando os militantes o assassinaram “brutalmente”.

Blinken e Lula

Blinken participa da reunião de chanceleres do G20, bloco que reúne as maiores economias do mundo. O Brasil preside o G20 neste ano. Segundo o gabinete de Lula, a reunião com o secretário americano envolveu discussões sobre temas que vão desde a cúpula do G20 até os esforços de paz em Gaza e na Ucrânia.

Os dois conversaram sobre temas comuns à agenda dos países, como a iniciativa pela melhoria da condição dos trabalhadores, que foi lançada em conjunto com o presidente norte-americano, Joe Biden, e a questão climática juntamente com a transição à uma economia com energia limpa.

“O presidente Lula reafirmou seu desejo de paz e do fim dos conflitos na Ucrânia e na Faixa de Gaza. Ambos concordaram na necessidade da criação de um Estado palestino”, disse o governo brasileiro.

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