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Bolsonaro diz que trabalha para impedir vitória da oposição na Argentina

Presidente critica tentativas internacionais de interferir em assuntos internos do Brasil, mas faz declarações constantes sobre as eleições no país vizinho

Por Da Redação
Atualizado em 10 out 2019, 16h36 - Publicado em 10 out 2019, 15h23
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  • Presidente Jair Bolsonaro em discurso de abertura do Fórum de Investimentos Brasil, em São Paulo - 10/10/2019 (Marcos Corrêa/PR)

    O presidente Jair Bolsonaro sinalizou nesta quinta-feira, 10, que seu governo tem trabalhado para impedir que a oposição kirchnerista vença as eleições presidenciais na Argentina, e alertou que o Brasil precisa avançar para não chegar em 2022 num cenário parecido com o que vive hoje o país vizinho. Segundo Bolsonaro, é preciso impedir que os argentinos retornem às mãos daqueles que, de acordo com ele, deixaram a nação em uma situação difícil. O presidente não citou a Argentina nominalmente, mas se referiu a um país “mais ao sul”.

    As declarações foram dadas em discurso de abertura do Fórum de Investimentos Brasil, em São Paulo, no momento em que o presidente elogiava seu ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, pelo trabalho que tem feito em relação à Venezuela, país vizinho que vive uma profunda crise econômica, social e política.

    “Ernesto Araújo quando chegou, muito criticado, era diferente daqueles que ocuparam sua cadeira anteriormente. Tem aberto portas. Tem sido um herói na questão de busca de solução para a Venezuela”, disse. “Como também temos trabalhado para que outro país, mais ao sul, não volte para as mãos daquelas pessoas que no passado botaram esse país numa situação bastante complicada”, afirmou Bolsonaro. O presidente defendeu que não se pode permitir que grupos políticos que o antecederam na Presidência retornem ao poder no Brasil.

    “Nós não podemos ver em 2022 o que este grande país ao sul da América do Sul é e vive no momento”, disse. “Isso depende do trabalho sério de cada um de nós. Mostrar para aqueles que acreditam que aqueles que ocuparam o governo em anos anteriores não podem voltar. Se voltarem pelo voto, paciência. Mas que não voltem por omissão nossa, por falta de nós mostrarmos que lá atrás o nosso destino era a Venezuela”, afirmou.

    Bolsonaro é aliado do atual presidente argentino, Mauricio Macri, que concorre pela reeleição. Nas eleições primárias, realizadas em agosto, Macri sofreu uma ampla derrota para o opositor Alberto Fernández, que tem como vice de sua chapa a ex-presidente Cristina Kirchner. Uma pesquisa realizada pelo instituto D’Alessio IROL que foi divulgada na segunda-feira 7 apontou que 90% da população acredita na eleição de Fernández, e que mais da metade das pessoas no país espera que não seja necessário segundo turno. Até mesmo entre os eleitores declarados de Macri, 76% acreditam que o adversário conseguirá ganhar o pleito.

    Esta não é a primeira vez que Bolsonaro critica a oposição kirchnerista na Argentina. “Pedimos a Deus que a Argentina saiba proceder através do povo para não retroceder”, disse em uma solenidade militar em agosto, após a divulgação dos resultados das primárias. Apesar de suas constantes declarações sobre a política argentina, Bolsonaro sempre critica o que chama de tentativas internacionais de interferir em assuntos internos do Brasil.

    Durante a cúpula de líderes do G7 na França, em agosto, o presidente criticou o francês Emmanuel Macron por suas falas em relação à polícia ambiental conduzida pelo Brasil e ao aumento no número de incêndios na Amazônia. Bolsonaro ainda acusou Macron de violar a soberania brasileira.

    (Com Reuters)

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