O presidente Jair Bolsonaro publicou na manhã deste domingo, 21, em sua conta no Twitter, uma mensagem na qual condena os ataques em igrejas e hotéis que deixaram centenas de mortos e feridos no Sri Lanka na manhã de hoje. O número de mortes confirmadas já chega a 207. Outras 450 pessoas ficaram feridas.
“Mesmo neste dia sagrado, o extremismo deixa rastros de morte e dor. Em nome dos brasileiros, condeno os ataques que deixaram centenas de vítimas no Sri Lanka, inclusive em igrejas, onde se celebrava a Ressurreição de Cristo. Que Deus possa confortar os que agora sofrem!”, escreveu o presidente.
Seis explosões quase simultâneas ocorreram na manhã de domingo em três igrejas onde fiéis celebravam a Páscoa e em três hotéis frequentados por turistas estrangeiros. Horas depois, uma explosão em uma pousada matou pelo menos duas pessoas.
O ministro da Defesa do país asiático, Ruwan Wijewardena, disse que sete suspeitos ligados às explosões foram presos. O Ministério das Relações Exteriores havia dito mais cedo que pelo menos 27 estrangeiros estavam entre os mortos.
Líderes condenam ataques
Além de Jair Bolsonaro, outros líderes internacionais condenaram os ataques no Sri Lanka. O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou no Twitter que os “Estados Unidos oferecem sinceras condolências ao grande povo do Sri Lanka. Estamos prontos para ajudar!”
A primeira-ministra do Reino Unido, Teresa May, disse, também por meio da rede social, que “os atos de violência contra igrejas e hotéis no Sri Lanka são realmente assustadores, e minhas mais profundas condolências vão para todos os afetados neste momento trágico”. “Devemos nos unir para garantir que ninguém nunca tenha que (praticar) sua fé com medo”, tuitou.
O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, escreveu em uma mensagem ao seu homólogo cingalês estar “atordoado e horrorizado” com os “ataques terroristas covardes”. O chanceler austríaco Sebastian Kurz publicou no Twitter estar “profundamente abalado e preocupado com os ataques terroristas desonestos”. O chefe da Comissão Executiva da União Europeia, Jean-Claude Juncker, disse que soube dos atentados “com horror e tristeza”.
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, também condenou os ataques “devastadores” contra igrejas e hotéis no Sri Lanka. Em comunicado, Ardern se referiu aos disparos de 15 de março em duas mesquitas da cidade neozelandesa de Christchurch, nos quais 50 morreram. “A Nova Zelândia condena todos os atos de terrorismo e nossa posição só foi fortalecida pelo ataque em nosso solo”, disse Ardern. “A Nova Zelândia rejeita todas as formas de extremismo e defende a liberdade de religião e o direito de adoração com segurança.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, denunciou as séries de ataques como “cruéis e cínicas”. Em telegrama de condolências enviado ao líder do Sri Lanka, Putin disse que Moscou continua sendo um “parceiro confiável do Sri Lanka na luta contra o terrorismo internacional”. Ele acrescentou que os russos “compartilham a dor dos parentes dos mortos e desejam uma recuperação rápida para todos aqueles que foram feridos”.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, classificou as explosões como “um ataque a toda a humanidade” e ofereceu suas condolências às famílias das vítimas e ao povo do Sri Lanka.
Bahrein, Catar e Emirados Árabes Unidos emitiram declarações por meio de seus ministérios de Relações Exteriores condenando os ataques. Os Emirados Árabes Unidos conclamaram “a comunidade internacional a fechar o cerco e erradicar o flagelo do terrorismo a fim de garantir a paz e a segurança internacionais”. O Catar disse querer enfatizar sua “firme posição em rejeitar a violência e o terrorismo”. O Bahrein afirmou que “esses atos de terrorismo são incompatíveis com princípios religiosos e valores humanos e morais”.
O Ministério das Relações Exteriores do Paquistão também criticou os ataques. O porta-voz do ministério, Mohammad Faisal, disse em comunicado que o povo e o governo do Paquistão estão ao lado do Sri Lanka após as explosões.”
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, disse estar “terrivelmente entristecido” com os atentados. Zarif declarou no Twitter que “o terrorismo é uma ameaça global sem religião: deve ser condenado e confrontado globalmente”.
O primeiro-ministro do Líbano, Saad Hariri, chamou os ataques de “terrorismo cego” e ofereceu solidariedade ao povo do Sri Lanka. No Twitter, ele pediu misericórdia às “vítimas inocentes” e rápida recuperação dos feridos.
(com Estadão Conteúdo e Agência France-Presse)