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Bolsonaro e Macri sinalizam com reforma institucional do Mercosul

Com a Argentina em recessão e o Brasil em recuo econômico, presidentes evitam temas negativos e elegem a integração energética como nova promessa

Por Denise Chrispim Marin Atualizado em 6 jun 2019, 20h31 - Publicado em 6 jun 2019, 19h57
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  • Reunidos em Buenos Aires nesta quinta-feira, 6, os presidentes do Brasil e da Argentina sinalizaram com a reforma institucional e das regras comerciais atualmente válidas no Mercosul. Na declaração final do encontro, Jair Bolsonaro e Mauricio Macri concordaram com a “modernização da estrutura tarifária do bloco” e mencionaram a conclusão das negociações em curso com outros países e blocos como essenciais para a inserção internacional do Mercosul.

    A rigor, esta é a primeira manifestação por escrito da intenção de Bolsonaro de fortalecer e aprofundar o bloco econômico, que ainda não entrara nas prioridades de seu governo até esta sua visita de Estado à Argentina. Mas os detalhes do que realmente querem os líderes das maiores economias do bloco não foram informados.

    A visita oficial de Bolsonaro à Argentina foi protelada por cinco meses, em confronto com a tradição brasileira de fazer do país vizinho o primeiro destino internacional de cada presidente recém-empossado.

    Macri e Bolsonaro pediram esforços de seus negociadores para a conclusão do acordo de livre comércio do Mercosul com a União Europeia, com a Associação Europeia de Livre Comércio e com o Canadá. O acordo com os europeus, segundo o Ministério da Economia, está na sua etapa final e pode vir a ser arrematado até o final de junho, se houver vontade política de lado a lado. No final da manhã, ao lado de Bolsonaro, Macri mencionara também as conversas em curso com a Coreia do Sul.

    Tratam-se de iniciativas bem mais ambiciosas, nesse campo, do que as tomadas pelos governos do PT, no Brasil, e dos Kirchner, na Argentina, que priorizaram os acordos com as economias da América do Sul. Os dois presidentes, porém, “celebraram” o resultado dessa iniciativa da esquerda, que gerou uma “virtual área de livre comércio sul-americana”.

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    Com a Argentina e recessão e o Brasil em franca deterioração econômica, Bolsonaro e Macri evitaram menções a tópicos sempre presentes nas declarações conjuntas, porém negativas, como o acordo automotivo e o desequilíbrio, desfavorável para a Argentina, no comércio bilateral. Preferiram se concentrar nas possibilidades que ainda restam no horizonte de curto e médio prazos para aprofundar as relações bilaterais.

    Entre os campos mencionados na declaração está o da integração energética, que envolverá os segmentos de geração e transmissão de energia elétrica e a produção de petróleo e gás nas reservas do Pré-Sal, no Brasil, e de Vaca Muerta, na Argentina.

    Como usualmente, a declaração deu um horizonte, embora limitado, para o futuro das relações bilaterais e para o Mercosul. Em pronunciamento à imprensa, na Casa Rosada, Bolsonaro fora além e dera seu apoio indireto à reeleição de Macri, nas eleições de outubro, em detrimento da chapa formada pelos peronistas Alberto Fernández e Cristina Kirchner.

    Ambos concordaram sobre a necessidade da redemocratização da Venezuela, o que depende da queda do regime de Nicolás Maduro, e reiteraram essa posição na declaração conjunta.  Por fim, em um gesto mantido pelos chefes de estado brasileiros desde 1833, Bolsonaro reiterou que as ilhas Malvinas – assim como as Geórgias do Sul e Sandwich do Sul – são argentinas.

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