Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Bolsonaro se reunirá com presidente da China antes de cúpula do G20

Encontro com Xi Jinping se dará em momento de discussão interna do governo brasileiro sobre restrições à Huawei, já vetada pelos EUA

Por Da Redação
Atualizado em 24 jun 2019, 18h00 - Publicado em 24 jun 2019, 17h09

O presidente Jair Bolsonaro confirmou encontro bilateral com o líder chinês, Xi Jinping, na próxima sexta-feira, 28, antes de sua estreia na cúpula de líderes do G20 em Osaka, no Japão. A reunião se dará em um momento em que o governo brasileiro avalia a restrição parcial ou completa à atuação da Huaiwei, a fornecedora mundial de tecnologia 5G.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusa a Huawei de operar uma rede de espionagem internacional a favor de Pequim e pressiona outros países a também vetar a empresa em seus territórios, inclusive o Brasil.

“Queremos entender melhor quais são os eventuais problemas, diante de uma perspectiva técnica, que podem ser identificados na tecnologia da Huawei. É um trabalho que precisa ser feito, porque nós sabemos que existem preocupações americanas. Queremos entender melhor quais são elas e estamos trabalhando diretamente nessa questão”, afirmou  o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, a VEJA (leia a íntegra).

“Muitos outros países também têm duvidas com relação a isso, então queremos compreender a questão técnica. É claro que tem a ver com as preocupações de segurança”, completou.

Em visita em maio à China, o vice-presidente, general Hamilton Mourão se reuniu com o presidente-executivo da Huawei, Ren Zhengfei, e disse que o Brasil não pretendia restringir as atividades da gigante de tecnologia, apesar das pressões americanas.

Na conversa com Xi, Bolsonaro insistirá na necessidade de o Brasil exportar para a China alimentos e minérios com maior valor agregado. Hoje, o comércio entre os países está baseado na exportação brasileira de commodities e na importação de produtos manufaturados chineses. A China é o principal destino dos embarques do país.

Continua após a publicidade

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, Bolsonaro e Xi também devem tratar de suas visitas recíprocas. O brasileiro tem viagem oficial à China prevista para agosto, e o líder chinês deverá estar no Brasil em novembro para participar da Reunião Cúpula dos BRICS, grupo de economias emergentes que inclui também Rússia, Índia e África do Sul.

O encontro dos líderes representa uma adequação da postura do presidente brasileiro que, durante sua campanha eleitoral, dizia que a China “estava comprando o Brasil”. Desde o início do governo, Bolsonaro fez gestos de aproximação entre os dois países, deixando para trás a fala de candidato.

Em maio, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, viajou à China para tratar das relações comerciais com os asiáticos. Em visita a Roma na última semana, ela apoiou a candidatura do vice-ministro da Agricultura da China, Qu Dongyu, para a liderança da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Dongyu foi eleito e substituirá o brasileiro José Graziano. 

Também em maio, Hamilton Mourão viajou a Pequim para participar da reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban). Durante o encontro, ao lado do vice-dirigente chinês, Wang Qishan, ele discutiu temas como fabricação e venda de aviões da Embraer para os chineses.

Continua após a publicidade

Brasil menos isolado

Em paralelo ao encontro do G20, Bolsonaro vai liderar reunião dos Brics, uma preparatória do encontro anual no Brasil. A reunião deverá estar contaminada pelo mesmo tema que tenderá a consumir o G20: a guerra comercial entre Estados Unidos e China e seus desdobramentos para o restante do mundo, em especial para os sócios do grupo emergente.

Esta será ainda a primeira participação de Bolsonaro em uma reunião do G20. Além do encontro bilateral com Xi e da reunião do Brics, ele deverá se reunir com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe. O encontro, porém, não foi ainda confirmado.

O governo da China anunciou nesta segunda-feira que aproveitará o G20 para um encontro paralelo de Xi com os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Índia, Narendra Modi. Os três países são membros do BRICS. O comunicado não justificou as ausências de convites para Bolsonaro e o líder sul-africano, Cyril Ramaphosa, mas certamente os temas a serem tratados extrapolem os das alçadas do Brasil e da África do Sul, ambos sem territórios asiáticos.

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.