Boris Johnson renunciou ao cargo de deputado e anunciou sua saída do parlamento britânico nesta sexta-feira, 9. A decisão acontece em meio à pressão do escândalo “Partygate”, em que investigações apontaram declarações enganosas feitas pelo ex-primeiro ministro envolvendo a promoção de festas em seu gabinete durante o lockdown da pandemia da Covid-19.
O inquérito parlamentar formado teria sido o responsável por analisar se o político teria enganado ou mentido intencionalmente na Câmara dos Comuns, quando em 2021 disse que as regras de isolamento teriam sido seguidas.
Como consequência, o Parlamento do Reino Unido vai passar por uma eleição suplementar imediata, o que aumenta a pressão política sobre seu sucessor, Rishi Sunak, do Partido Conservador.
“É muito triste deixar o Parlamento, pelo menos por enquanto. Mas, acima de tudo, estou perplexo e chocado por poder ser forçado a sair, de forma antidemocrática, por um comitê presidido e administrado por Harriet Harman, com um viés tão flagrante” , disse Boris Johnson em declaração divulgada pelo jornal britânico The Guardian.
Em meio aos escândalos envolvendo o político, Boris Johnson renunciou à liderança do Partido Conservador e ao cargo de primeiro-ministro em julho do ano passado.
A renúncia como membro do Parlamento significa que Boris evita a potencial humilhação de um voto de suspensão da Câmara dos Comuns por sua conduta e, consequentemente, uma eleição especial no distrito eleitoral que representa, no Noroeste de Londres, a qual ele poderia facilmente perder.