Brasil ‘não quer ser vendedor de empresas’, diz Lula a gigante chinesa
Expectativa é que State Grid, já presente no Brasil, participe de leilões de energia elétrica previstos para este ano e que devem chegar a R$ 50 bilhões
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se reuniu em Pequim, nesta sexta-feira, 14, com o presidente da State Grid, Zhang Zhigang. A gigante do setor energético é líder na China e uma das maiores do mundo: em 2022, relatou possuir 871.145 funcionários, 1,1 bilhão de clientes e receita equivalente a US$ 460 bilhões (R$ 2,27 trilhões).
A State Grid está presente em 88% do território da China e atende pessoas em todo o mundo, como Filipinas, Austrália, Itália, Portugal, Grécia, Chile – e Brasil. A empresa tem 19 concessionárias e linhas de transmissão em 14 estados brasileiros.
+ O saldo positivo que Lula espera tirar da viagem à China
Durante a reunião, Lula reforçou a importância dos investimentos chineses em território brasileiro. A expectativa é que o país asiático participe de leilões de energia elétrica previstos para este ano no Brasil, que podem somar R$ 50 bilhões. O primeiro deles deve ser em junho, e a chinesa pode ser uma das interessadas.
O líder do Planalto falou ainda do foco do seu governo em investimentos em energias renováveis e na ampliação da rede de transmissão, integrando projetos de geração eólica e solar com a rede convencional.
+ Lula não deve aderir à Nova Rota da Seda em visita à China, diz Haddad
“Nos não queremos ser vendedores de empresas. Nós queremos construir, com parcerias, as coisas que precisam ser feitas no Brasil”, afirmou o presidente, salientando um tópico que ele já defendeu anteriormente: a reindustrialização.
O encontro também contou com ministros e governadores, integrantes da comitiva brasileira, e de representantes da empresa chinesa.