Um brasileiro de 39 anos foi preso na quinta-feira, 27, após tentar assassinar a própria mãe, de 61 anos, a marteladas, em Bricherasio, na província italiana de Torino. Segundo o jornal Corriere della Sera, a discussão teria sido iniciada por motivos triviais, escalando após ameaças e agressões físicas. Em meio à discussão acalorada, ele teria usado um martelo para golpear as costas e a cabeça da mãe.
Assustados pelos gritos, os vizinhos prontamente acionaram a polícia local, que prendeu o brasileiro no local do crime. Ele enfrentará acusações de tentativa de homicídio.
Apesar da gravidade dos ferimentos, a mulher foi internada no Hospital Edoardo Agnelli e não corre risco de vida. Ela está sob observação e recebeu um prognóstico médico de 10 dias de recuperação.
O homem ainda não teve sua identidade divulgada e a Embaixada do Brasil em Roma e o Ministério das Relações Exteriores brasileiro ainda não se pronunciaram sobre o assunto.
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Os últimos dados referentes à violência contra a mulher na Itália revelam um aumento de 16% dos casos no ano passado, conforme indica um relatório do Ministério do Interior do país. Entre 1° de agosto de 2021 e 31 de julho de 2022, 125 mulheres foram assassinadas, em comparação às 109 mortas do ano anterior. Entre o número total de feminicídios, 108 foram cometidos em um ambiente “familiar-emocional”, sendo que 68 mulheres foram assassinadas por seus parceiros ou ex-parceiros.
“O fato de os números de assassinatos de mulheres estarem subindo é um testamento do fracasso das políticas que temos em vigor. Há sempre cerca de 100 ou mais feminicídios por ano, e isto, em um país civilizado, é inaceitável”, disse Elisa Ercoli, presidente da Differenza Donna, uma organização de promoção dos direitos das mulheres, após a divulgação do levantamento.