Campeão paralímpico que matou namorada será solto em liberdade condicional
Quase 11 depois do ocorrido, Oscar Pistorius teve soltura marcada para o dia 5 de janeiro de 2024
O medalhista paraolímpico sul-africano Oscar Pistorius vai ser libertado da prisão em liberdade condicional, quase 11 anos depois de assassinar a então namorada, Reeva Steenkamp. Pistorius, agora com 37 anos, foi condenado por um tribunal em 2016 a 13 anos e cinco meses de prisão e sua soltura foi marcada para o dia 5 de janeiro de 2024.
O caso aconteceu no Dia dos Namorados em 2013, quando Pistorius, medalhista de atletismo em três Jogos Paralímpicos, atirou em Steenkamp várias vezes através da porta de um banheiro alegando mais tarde que a confundiu com um ladrão.
Assim que for libertado, Pistorius será monitorado pelas autoridades até que sua sentença expire oficialmente, “assim como todos os outros condenados à liberdade condicional”, disse o Departamento de Serviços Correcionais. Ele também terá que frequentar sessões de terapia.
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Numa carta lida ao conselho de liberdade condicional antes da decisão, a mãe de Steenkamp disse não se opor à sua libertação, mas questionou se os “enormes problemas de raiva” de Pistorius foram realmente resolvidos na prisão. June Steenkamp acrescentou que estaria potencialmente “preocupada com a segurança de qualquer mulher” que agora entra em contato com ele.
A família optou por não comparecer à audiência de liberdade condicional, dizendo que “simplesmente não conseguiria reunir energia para enfrentá-lo novamente nesta fase”. O pai da vítima, Barry, morreu no início deste ano e June acredita que a pressão sobre os dois foi imensa.
“Meu querido Barry deixou este mundo totalmente devastado ao pensar que não conseguiu proteger sua filha… Não tenho dúvidas de que ele morreu de coração partido”, disse June Steenkamp.
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A mãe de Reeva diz que embora não acredite que o assassino de sua filha tenha demonstrado remorso, ela decidiu perdoá-lo “há muito tempo, pois eu sabia com certeza que não seria capaz de sobreviver se tivesse que me agarrar à minha raiva”.
Esta foi a segunda audiência de liberdade condicional de Pistorius em menos de um ano. Seu primeiro pedido de liberdade condicional foi anulado em março porque ele não havia cumprido o período mínimo de detenção. Isso foi posteriormente considerado um erro pelo Tribunal Constitucional da África do Sul, levando à audiência de liberdade condicional aprovado.
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