Canadá anuncia sanções contra Maduro e outros venezuelanos
As sanções afetam indivíduos que são responsáveis "pela deterioração da democracia na Venezuela"
O governo do Canadá anunciou nesta sexta-feira a imposição de sanções financeiras ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e outras 39 figuras-chave do governo do país sul-americano. O objetivo é “enviar uma clara mensagem de que o comportamento antidemocrático tem consequências”.
O Ministério das Relações Exteriores canadense disse que as sanções afetam indivíduos que são responsáveis “pela deterioração da democracia na Venezuela”. A lista de pessoas afetadas inclui 40 nomes, entre os quais se destacam, além de Maduro, Tibisay Lucena (presidente do Conselho Nacional Eleitoral), Elías Jaua (ministro da Educação), Tareck el Aissami (vice-presidente) e Tarek Saab (procurador-geral).
As sanções impõem o congelamento de ativos e a proibição de que indivíduos no Canadá e canadenses fora do país tenham relações financeiras com as 40 pessoas da lista. A ministra das Relações Exteriores canadense, Chrystia Freeland, declarou que “o Canadá não permanecerá em silêncio enquanto o governo da Venezuela roubar os direitos democráticos fundamentais do povo”.
Ainda segundo o Ministério das Relações Exteriores, as pessoas sancionadas “tiveram um papel-chave em enfraquecer a segurança, estabilidade e integridade das instituições democráticas da Venezuela”. “Estas ações decisivas são resposta ao aprofundamento, por parte do governo da Venezuela, da guinada para a ditadura”, destacaram as autoridades canadenses.
A decisão do Canadá, que vem na sequência de determinação similar dos Estados Unidos, ocorre após meses de protestos contra o governo de Maduro, no qual pelo menos 125 pessoas morreram. Críticos dizem que o ditador mergulhou a nação em sua pior crise econômica e a levou à beira da ditadura.
A Venezuela enfrenta há três anos uma escassez de produtos alimentícios que fez com que diversos itens fossem vendidos no mercado informal. Sua inflação também chegou a níveis astronômicos, próximos a 700%, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI).
(Com EFE)