Canadá impõe sanções a 14 venezuelanos que pioraram a democracia do país
A primeira-dama da Venezuela, Cilia Flores, encabeça a lista; OEA votará sobre suspensão do país na próxima semana
O governo canadense anunciou nesta quarta-feira (30) a imposição de mais sanções a destacados membros do regime do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, “em resposta às eleições presidenciais ilegítimas e antidemocráticas” de 20 de maio. Entre os alvos das sanções está a mulher de Maduro, Cilia Adela Flores.
O Ministério das Relações Exteriores do Canadá afirmou que as sanções se dirigem a 14 “indivíduos responsáveis pela piora da democracia na Venezuela”. A eleição de 20 de maio reelegeu Maduro para mais um mandato de seis anos. Maduro está no poder desde 2013.
O anúncio deu-se um dia depois de a Organização de Estados Americanos (OEA) acusar o governo de Nicolás Maduro de haver cometido crimes de lesa a humanidade.
O Canadá disse na terça-feira que estava “consternado, embora não surpreso” pelo relatório do painel de especialistas OEA sobre a Venezuela e advertiu que tomaria novas medidas pelos “abusos do regime de Maduro contra seu povo e os ataques à democracia”. A assembleia-geral da OEA, nos dias 4 e 5 de junho, decidirá sobre pedido de suspensão do país, com base na Carta Democrática Interamericana.
A ministra das Relações Exteriores do Canadá, Chrystia Freeland, afirmou que “estas sanções mandam uma clara mensagem de que o comportamento anti-democrático do regime de Maduro tem consequências”.
“O anúncio de hoje é prova do nosso compromisso para defender a democracia e os direitos humanos no mundo todo e a nossa rejeição das fraudulentas eleições presidenciais da Venezuela”, acrescentou Freeland.
(Com EFE)