Oferta Consumidor: 4 revistas pelo preço de uma

Cardeais culpam ‘praga da agenda homossexual’ por abusos sexuais na Igreja

Religiosos conservadores criticam postura reformista do papa e alimentam polêmica na véspera de encontro no Vaticano para tratar dos crimes

Por Da Redação
Atualizado em 20 fev 2019, 15h35 - Publicado em 20 fev 2019, 14h45

Dois cardeais da Igreja Católica pediram o fim da “praga da agenda homossexual” que, segundo eles, é a raiz dos casos de abuso sexual envolvendo sacerdotes. Raymond Burke, dos Estados Unidos, e Walter Brandmüller, da Alemanha, pertencem à ala conservadora da Igreja e são críticos declarados do papa Francisco.

Os dois rejeitam a ideia de que os casos de assédio são resultado do “clericalismo”, em que os religiosos se beneficiariam de uma posição de poder para cometer seus crimes e se protegem uns aos outros.

“A praga da agenda homossexual se espalhou pela Igreja, promovida por redes organizadas e protegida por um clima de cumplicidade e uma conspiração silenciosa”, afirmaram cardeais Burke e Brandmuller.

A posição dos cardeais foi defendida em carta aberta divulgada nesta quarta-feira, 20, véspera de reunião extraordinária, no Vaticano, do papa Francisco e 115 bispos para discutir a avalanche de denúncias de abuso por sacerdotes. Francisco fará um pronunciamento ao final do encontro de quatro dias e devem ser adotadas medidas para superar a maior crise do Catolicismo desde a Reforma Protestante, no século XVI.

No domingo 17, segundo o jornal The Guardian, o papa pediu orações dos católicos para a reunião e definiu o abuso sexual como “um desafio urgente do nosso tempo”. 

Continua após a publicidade

Em entrevista concedida ao jornal Catholic Herald, o cardeal Brandmüller já havia culpado a homossexualidade pelos casos de abuso dentro da Igreja. Burke é presidente de conselho do Dignitatis Humanae Institute, uma entidade religiosa de direita sediada em um monastério nos arredores de Roma e que fomenta os pensamentos conservadores da Igreja.

Bradmüller é muito próximo de Steve Bannon, ex-assessor do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e um dos maiores articuladores e incentivadores das atividades do instituto.

As maiores críticas da dupla de cardeais ao papa não estão relacionadas aos abusos. Elas dizem respeito ao posicionamento moderado de Francisco para divorciados e pessoas no segundo casamento receberem a primeira comunhão, o que atualmente é proibido. Em 2015, o pontífice pediu que a Igreja tivesse um olhar mais generoso com esses fiéis.

Continua após a publicidade

“É preciso uma recepção calorosa e fraterna, no amor e na verdade, para essas pessoas que, na verdade, não estão excomungadas, como alguns pensam: sempre serão parte da Igreja”, declarou o pontífice.

Quatro cardeais, incluindo Burke e Brandmüller, passaram a questionar a liderança de Francisco por esta declaração. Os conservadores se dizem defensores dos valores e ensinamentos da religião e o acusam de corromper a fé católica.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

SEMANA DO CONSUMIDOR

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas R$ 5,99/mês*
ECONOMIZE ATÉ 47% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Nas bancas, 1 revista custa R$ 29,90.
Aqui, você leva 4 revistas pelo preço de uma!
a partir de R$ 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.