Os comentários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em repúdio à violência na manifestação de nacionalistas brancos de Charlottesville também se destinaram à Ku Klux Klan e a grupos neonazistas, disse a Casa Branca neste domingo (13), um dia depois de Trump ser criticado por não denunciar explicitamente os supremacistas brancos.
Autoridades dos EUA iniciaram uma investigação sobre os episódios fatais de violência na Virgínia, que renovaram a pressão para que o governo adote uma postura mais firme contra os extremistas de direita que compõem um segmento leal da base política do presidente republicano.
Uma mulher de 32 anos morreu e 19 pessoas ficaram feridas, cinco gravemente, no sábado, quando um homem avançou de carro sobre uma multidão que protestava contra o evento de nacionalistas brancos em Charlottesville, cidade do sul da Virgínia.
Outras 15 pessoas ficaram feridas em confrontos de rua entre nacionalistas brancos e manifestantes anti-racismo. Dois policiais morreram na queda do helicóptero que auxilia no monitoramento dos tumultos.
O responsável pelo atropelamento, um ex-membro do Exército, James Alex Fields Jr., de 20 anos, um homem branco de Ohio que um ex-professor de segundo grau descreveu como enamorado pela ideologia nazista na adolescência, deve comparecer a um tribunal para ser acusado de assassinato e outros crimes.
O departamento de Justiça dos EUA afirmou que também investigaria outras pessoas suspeitas envolvimento no ataque.
Críticas
Democratas e republicanos criticaram Trump por demorar demais para se pronunciar sobre os episódios de violência e por não condenar explicitamente os supremacistas brancos.
No sábado, o presidente americano repudiou o que chamou de “esta demonstração flagrante de ódio, intolerância e violência de muitos lados”.
No domingo, porém, a Casa Branca acrescentou: “O presidente disse com muita ênfase em seu comunicado ontem que condena todas as formas de violência, intolerância e ódio, e é claro que isso inclui supremacistas brancos, KKK, neonazistas e todos os grupos extremistas. Ele pediu união nacional e que todos os americanos se unam”.
(Com Reuters)