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Casal que apontou armas para manifestantes deve falar em comício de Trump

Mark e Patricia McCloskey foram convidados a participar do evento do Partido Republicano que formalizará a candidatura do presidente à reeleição

Por Da Redação
18 ago 2020, 15h47
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  • O casal branco notório por ter apontado armas no final de junho a manifestantes do movimento Black Lives Matter (BLM) em Saint Louis, nos Estados Unidos, deve discursar em apoio à reeleição do presidente americano, Donald Trump, na Convenção Nacional do Partido Republicano (CNR) na próxima semana.

    A informação foi confirmada por conselheiros de Trump ao The Washington Post, segundo um artigo publicado pelo jornal nesta terça-feira, 18. O advogado Joel Schwartz, que representa o casal, reafirmou a informação à emissora de rádio pública americana NPR. Os detalhes finais ainda estão estão sendo definidos, incluindo a data em que o casal deve falar.

    As autoridades responsáveis pela organização da CNR, onde a nomeação de Trump às eleições presidenciais de novembro será formalizada, ainda não anunciaram oficialmente a participação do casal no evento. A CNR será realizada em sua maior parte remotamente entre segunda-feira, 24, e quinta-feira, 27.

    Mark e Patricia McCloskey repercutiram na imprensa americana após apontarem respectivamente um fuzil e um revólver contra manifestantes antirracismo que passavam por perto da residência do casal em 28 de junho.

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    Segundo o portal de notícias Politico, manifestantes naquele dia se dirigiam em maioria à residência da prefeita, a democrata Lyda Krewson, que fica a poucas quadras da casa dos McCloskey. Krewson tinha se tornado alvo de protestos após expor em seu Facebook os nomes e os endereços de apoiadores do desfinanciamento público da polícia.

    Durante a mobilização, o casal alegou à polícia ter visto pessoas quebrando um portão de ferro de sua residência. Em resposta, uma das lideranças dos manifestantes, o reverendo Darryl Gray, afirmou que esse portão já estava aberto e não foi tocado por ninguém.

    Os McCloskey, após esse incidente, são acusados formalmente por portar armas de fogo “de forma ameaçadora” contra outras pessoas.

    “É ilegal apontar armas de forma ameaçadora para aqueles que participam de protestos não violentos e, embora tenhamos a sorte de que essa situação não tenha se transformado em força mortal, esse tipo de conduta é inaceitável em St. Louis”, disse a procuradora de Saint Louis, Kimberly Gardner.

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    Membros do Partido Republicano e ativistas pelo porte de armas, que é uma das principais bandeiras da legenda, defenderam a atitude do casal. Segundo o jornal local St. Louis Post-Dispatch, o governador do estado do Missouri, onde fica Saint Louis, o republicano Mike Parson, já insinuou que usará seus poderes executivos para perdoar os McCloskey se eles forem condenados.

    Um segundo advogado do casal, Albert Watkins, disse que o casal está em “contato recorrente com a Casa Branca” desde o final de junho após iniciativa do próprio chefe de gabinete americano, Mark Meadows.

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