Centro conclui que alface romana é causa de surto de E.coli nos EUA
Fonte do problema ainda não foi identificada pelo órgão responsável. Mais de 30 pessoas já foram infectadas no país
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) emitiu um alerta para que americanos não consumam alface romana em meio às investigações de um novo surto de E.coli. Segundo o site do órgão, 32 pessoas foram infectadas pela bactéria até o momento, em 11 estados dos EUA. Dos afetados, 13 foram internados, e um paciente desenvolveu complicações. Nenhuma morte foi reportada.
“CDC aconselha que nenhum consumidor americano coma alface romana, e que supermercados e restaurantes não vendam ou sirvam a verdura, até que saibamos mais sobre o surto.”, disse o Centro em comunicado da última terça (20). O aviso se aplica a todas as variações da alface, mesmo às misturas de salada que contenham a verdura.
Não foram identificadas marcas a ser recolhidas, mas oficiais orientaram que qualquer pessoa que tenha o produto em casa o jogue no lixo imediatamente.
Em conversa com a CBS News, Laura Gieraltowski, funcionária da CDC, declarou que a Administração de Alimentação e Medicamentos (FDA) está investigando a fonte das folhas contaminadas, e que até o momento não chegou a nenhuma conclusão.
O surto envolve uma variedade da bactéria denominada Shiga- produtora de toxina-E. coli O157:H7, que pode causar doenças sérias.
Casos não têm relação com surto anterior
Sintomas da infecção por E.coli incluem diarreia, que pode conter sangue, dor de estômago severa e vômitos. O ciclo da doença normalmente se encerra em uma semana, mas casos mais severos podem levar a um tipo de falha dos rins, a Síndrome Hemolítico-Urêmica (HUS), desenvolvida por um dos pacientes americanos.
Autoridades canadenses também identificaram 18 casos nas províncias de Ontario e Quebec, onde as pessoas foram infectadas pelo mesmo tipo de bactéria. O CDC ressalta que o surto não tem relação com outros casos que aconteceram em meados de 2018, que resultaram em avisos parecidos nos meses de Abril e Maio.
Naquele período, 200 pessoas foram diagnosticadas com a infecção e cinco mortes foram atribuídas ao E.coli, eventualmente sendo conectadas a água contaminada no estado do Arizona.