Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Chanceler russo visita China pela primeira vez desde invasão à Ucrânia

Com foco prioritário voltado para regime talibã do Afeganistão, encontro diplomático não escapará de discussões sobre crise na Ucrânia

Por Da Redação Atualizado em 30 mar 2022, 15h00 - Publicado em 30 mar 2022, 14h59
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, desembarcou na China nesta quarta-feira, 30, para uma reunião que irá discutir, como tópico prioritário, a questão política no Afeganistão. Esta é a primeira visita do chanceler ao país desde o início da invasão da Rússia na Ucrânia, em 24 de fevereiro.

    Também são esperados para o encontro o ministro chinês Wang Yi, o chefe da diplomacia do regime talibã de Cabul, Amir Khan Muttaqi, e representantes de outros países que têm fronteira com o Afeganistão. O país islâmico está sob poder do grupo fundamentalista desde agosto do ano passado.

    + Nos bastidores da guerra, China move peças para se fortalecer contra EUA

    O encontro multinacional terá duração de dois dias e envolverá discussões sobre um “mecanismo de consulta” a respeito do Afeganistão, com a participação de diplomatas da China, Rússia, e Paquistão, assim como dos Estados Unidos, informou Pequim.

    Continua após a publicidade

    A China não reconhece o governo talibã, mas se absteve das duras críticas feitas pelos Estados Unidos sobre a ascensão do regime extremista. Pequim manteve sua embaixada em Cabul aberta e também não comentou sobre a medida do Talibã de limitar a educação de meninas e outros abusos de direitos humanos.

    Diferentemente de EUA e União Europeia, que anunciaram duras sanções contra a Rússia, a China já expressou descontentamento com as represálias econômicas. Em reunião com líderes europeus no mês passado, o presidente Xi Jinping instou avanços diplomáticos e alertou que sanções contra Moscou afetarão as finanças globais, a energia, o transporte e a estabilidade das cadeias de suprimentos e amortecerão a economia global que já está devastada pela pandemia.

    Continua após a publicidade

    Desde o início da guerra entre Moscou e Kiev, autoridades chinesas vêm se mostrando consistentemente alinhadas com a Rússia. A China disse “lamentar” as mortes na Ucrânia e definiu a situação atual como “indesejável”, mas não reconheceu a ação russa como invasão. Ao invés disso, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, afirmou que o conflito tem uma “história e realidade complicados” e que apoia “todos os esforços diplomáticos”. 

    Em entrevista coletiva nesta semana, Wenbin disse que Estados Unidos e Otan devem dialogar com a Rússia para desfazer o nó da crise ucraniana. Ele acrescentou que, para resolver a crise, os chefes de Estado precisam “estar calmos e ser racionais, sem jogar lenha na fogueira”.

    Em recente reunião da Otan, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e vários de seus aliados cobraram um posicionamento mais firme da China. Líderes da aliança militar ocidental enfatizaram que a China precisa “cumprir sua responsabilidade” como membro da comunidade internacional e pedir um fim pacífico ao conflito na Ucrânia.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.