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Chelsea Manning sai da prisão após acusação de desacato

Ex-analista militar foi detida por se recusar a depor contra o fundador do Wikileaks, Julian Assange

Por AFP Atualizado em 10 Maio 2019, 06h23 - Publicado em 10 Maio 2019, 06h22
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  • A ex-analista militar americana Chelsea Manning, detida há dois meses por se recusar a depor contra o fundador de WikiLeaks Julian Assange, foi liberada na quinta-feira, mas pode retornar à prisão na próxima semana.

    No início de março, Manning foi detida por desacato à justiça depois que se negou a depor diante do grande júri responsável por investigar o WikiLeaks e seu fundador, para quem ela repassou em 2010 uma grande quantidade de documentos confidenciais.

    A libertação foi motivada pela expiração dos 62 dias de detenção determinados pelo grande júri, explicou o grupo The Sparrow Project, que apoia Manning.

    “Infelizmente, antes mesmo da libertação, Chelsea recebeu uma nova intimação. Isto significa que deve se apresentar a um grande júri diferente na quinta-feira 16 de maio”, afirmou o grupo em um comunicado.

    “Chelsea vai continuar se recusando a responder as perguntas”, informou The Sparrow Project, o que significa que pode retornar à prisão.

    Fundamentais na justiça americana, os grandes júris, grupos de cidadãos escolhidos por sorteio, são responsáveis por investigar em total sigilo assuntos penais federais considerados graves.

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    Em 11 de abril, Assange foi detido na embaixada do Equador em Londres, onde permaneceu refugiado por sete anos. Ele é objeto de um pedido de extradição dos Estados Unidos.

    Manning foi condenada em 2013 a 35 anos de prisão em uma corte marcial pela divulgação de 750.000 documentos diplomáticos e informações militares, o que provocou um grande embaraço para Washington.

    A sentença foi comutada pelo presidente democrata Barack Obama e ela foi libertada em maio de 2017, depois de passar sete anos na prisão, período em que iniciou seu processo de transição para o sexo feminino.

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    Na época em que vazou os documentos para o WikiLeaks, Chelsea Manning, uma mulher transexual então conhecida como Bradley Manning, era uma analista de inteligência militar.

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