China afrouxa restrições a investimento externo em zonas de livre comércio
Entre as mudanças anunciadas, os investidores não terão mais que conduzir exploração e desenvolvimento de petróleo e gás natural por meio de joint ventures
A China flexibilizou ainda mais as restrições impostas ao investimento estrangeiro em suas zonas de livre comércio, no mais recente passo para cumprir sua promessa de abrir a economia.
Publicando uma ‘lista negativa’ revisada para investimento nessas zonas, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, principal planejadora econômica da China, anunciou que serão reduzidas as restrições à exploração de petróleo e gás, produção de combustível nuclear e telecomunicações.
Entre as mudanças anunciadas, os investidores estrangeiros não terão mais que conduzir exploração e desenvolvimento de petróleo e gás natural por meio de joint ventures. A comissão também informou que será suspensa a proibição do investimento estrangeiro na produção de combustível nuclear e minerais radioativos.
Também serão flexibilizados os limites de investimento estrangeiro na criação de novas variedades de culturas e produção de sementes de trigo e milho. Ainda, a abertura de telecomunicações de valor agregado será expandida da zona de livre comércio de Xangai para outras áreas.
Desaceleração
O crescimento do setor manufatureiro da China desacelerou em junho, após um desempenho melhor do que o esperado em maio, segundo dados oficiais. As crescentes tensões comerciais com os Estados Unidos alimentam preocupações sobre uma desaceleração na segunda maior economia do mundo.
A economia da China já sentiu o aperto de uma ofensiva de vários anos sobre empréstimos mais arriscados, que elevou os custos para as empresas, o que fez o Banco Central chinês injetar mais dinheiro, reduzindo as exigências de reserva para os credores.