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China ameaça Japão por plano de liberar água residual de Fukushima no mar

Pequim estendeu proibição de alguns alimentos japoneses por temores de contaminação radioativa; Coreia do Sul mantém veto semelhante

Por Da Redação
Atualizado em 7 jul 2023, 09h11 - Publicado em 7 jul 2023, 09h08
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  • A China afirmou nesta sexta-feira, 7, que estenderá a proibição de importações de alguns alimentos japoneses, devido ao plano de Tóquio para liberar água contaminada da usina nuclear de Fukushima no oceano.

    A administração alfandegária chinesa disse que também vai implementar testes de radiação em alimentos de outras partes do país. A Coreia do Sul mantém uma proibição semelhante, embora considere que o plano japonês atende aos padrões internacionais.

    Na quarta-feira 5, o órgão de vigilância nuclear das Nações Unidas, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), disse que a liberação da água de Fukushima no mar teria “impacto insignificante” no meio ambiente. Nesta sexta-feira, o regulador nuclear do Japão também deu sua aprovação.

    Em 2011, um tsunami desencadeado por um terremoto de magnitude 9.0 inundou três reatores da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi. Considerado o pior desastre nuclear do mundo desde Chernobyl, levou à retirada de 150 mil pessoas de uma zona de exclusão ao redor da usina, que permanece no local.

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    Enquanto isso, o equivalente a cerca de 500 piscinas olímpicas de água, usada para resfriar os reatores, se acumulou na instalação nuclear. O espaço de armazenamento está se esgotando, mas os planos do governo japonês para liberar a água no mar encontraram críticas regionais – principalmente da China.

    “A Alfândega da China manterá um alto nível de vigilância”, disse a autoridade aduaneira da China. O Ministério das Relações Exteriores do Japão disse que está considerando possíveis medidas em resposta, de acordo a agência de notícias AFP.

    + Por medo de água de Fukushima, sul-coreanos estocam sal e alimentos

    Pequim acusou Tóquio de tratar o oceano como seu “esgoto particular” e pediu para a AEIA não endossar o plano. Em relatório divulgado na quarta-feira, a agência das Nações Unidas disse que plano teria um impacto “insignificante” e Rafael Grossi, chefe da AEIA, disse que estava “extremamente confiante” na avaliação de sua agência.

    A Coreia do Sul, que anteriormente também havia criticado o plano, disse que mantém sua proibição de importação de frutos do mar de Fukushima e algumas outras províncias japonesas.

    As comunidades pesqueiras locais no Japão também expressaram preocupações sobre o plano e seus efeitos em seus meios de subsistência.

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