China ameaça rejeitar novas negociações comerciais com os EUA
País asiático estaria disposto a deixar negociações se presidente Trump anunciar novas taxações de 200 bilhões de dólares sobre suas exportações
O governo chinês pode se recusar a participar de negociações comerciais com os Estados Unidos neste mês se o governo Trump avançar com tarifas adicionais sobre produtos chineses importados, informou o Wall Street Journal neste domingo, citando autoridades da China.
Os EUA propuseram as negociações, mas, ao mesmo tempo, avançaram com o planejamento de tarifas adicionais sobre cerca de 200 bilhões de dólares em produtos chineses, informou o jornal.
De acordo com a reportagem, um funcionário chinês de alto escalão disse que o país não vai negociar “com uma arma apontada para a cabeça”.
Outras autoridades que aconselham os líderes do país estão sugerindo que a China imponha limites à venda de peças e suprimentos necessários às empresas dos EUA, usando “restrições à exportação” para ameaçar suas cadeias de fornecimento.
Desta vez, a alíquota provavelmente será de 10% – abaixo, portanto, dos 25% anunciados quando o governo americano disse que estava considerando adotar uma nova rodada de tarifas, afirmou o jornal.
A cobrança de tarifas de importação se insere dentro da política protecionista de Trump e fez parte de sua agenda de campanha, dois anos atrás. Ele alega que os Estados Unidos são prejudicados no comércio bilateral com vários países e que, por essa razão, a taxação é justa e necessária, mesmo que isso signifique prejudicar a população americana com o encarecimento dos produtos importados.
Novas negociações comerciais foram propostas pelo secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, para começar a vigorar em 20 de setembro.