A China vive o pior surto de Covid-19 desde o início da disseminação do vírus. Após colocar a cidade de Xangai em lockdown, o governo de Xi Jinping aperta o passo para combater a doença em Pequim, capital do país. Nos últimos dias, a Secretária de Educação de Pequim ordenou que todas as escolas suspendessem as aulas, sem informar quando pretende reabrir as instituições de ensino. Neste sábado, 30, a China anunciou um conjunto de regras para que as pessoas tenham acesso aos públicos: será mandatório apresentar um teste negativo de Covid-19 para utilizar o transporte público, por exemplo.
O intuito das autoridades chineses, com as medidas, é conter a disseminação da variante ômicron, que é mais contagiosa. O país instaurou uma política de “Covid zero”, que consiste em testes em larga escala e confinamentos quando são detectados os primeiros casos. Ainda assim, a enfermidade tem se espalhado em larga escala. Neste sábado, o país registrou mais de 10 mil novos casos de coronavírus. Com isso, as medidas mais restritivas estão se espalhando pelo território chinês.
As restrições anunciadas pelo governo foram repassadas pelo perfil da capital chinesa no aplicativo social WeChat. A partir do dia 5 de maio, após o feriado prolongado pelo Dia do Trabalho, o acesso ao espaço público será limitado e, para ter acesso aos locais e utilizar os transportes públicos, será obrigatório apresentar um teste negativo para a doença. Além disso, para atividades como eventos esportivos ou viagens em grupos será necessário apresentar um exame de covid de menos de 48 horas, além de um certificado de vacinação completo. O resto do mundo assiste à escalada do vírus no país asiático com apreensão, com o temor de uma nova onda da doença a nível global e com o receio de uma possível retração da economia que afete a cadeias de produção de vários países.