As autoridades de saúde da China divulgaram nesta terça-feira, 25, mais 71 mortes provocadas pelo novo coronavírus, o menor número diário de falecimentos registrados em mais de duas semanas, o que elevou o número de vítimas fatais para 2.663.
A Comissão Nacional de Saúde também relatou 508 novos casos confirmados no país, sendo que 499 deles foram diagnosticados na província de Hubei, epicentro da epidemia, detectada em dezembro passado. Na véspera, o número de diagnósticos positivos de COVID19 foi de 409 em todo o país.
Os números sugerem que o surto parece reduzir progressivamente o ritmo de sua expansão na China, mas os casos em outras regiões do mundo estão se acelerando.
A comissão de assuntos políticos e jurídicos do Partido Comunista divulgou nesta terça que 323 casos de coronavírus foram relatados nas prisões de Hubei até domingo, incluindo 279 na prisão feminina de Wuhan, capital da província.
Por conta da epidemia, o governo chinês anunciou na segunda-feira, 24, o adiamento, sem data prevista, da sessão anual de seu congresso. A sessão plenária da Assembleia Nacional Popular (ANP) deveria começar, como todos os anos, no dia 5 de março. O evento tradicional serve para mostrar a unidade do país, com o apoio de enormes bandeiras vermelhas e votações que geralmente são encerradas com quase total unanimidade.
Várias províncias da China não notificaram novos casos de infecção por vários dias consecutivos e o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que o número de diagnósticos positivos no país “diminuiu” desde 2 de fevereiro.
No entanto, a própria OMS considerou “preocupante” o aumento acentuado na quantidade de mortes e de casos confirmados de contágio fora da China, principalmente na Itália, Coreia do Sul e Irã.
Na Europa, a Itália, onde sete falecimentos já foram registrados, é o primeiro país do continente a implementar medidas de confinamento em dez povoados do norte. A Coreia do Sul e o Irã agora têm o maior número de casos de contágio e de vítimas fatais fora da China.
Dois meses após o surgimento do novo coronavírus na China central, cinco países anunciaram seus primeiros casos de contaminação: Afeganistão, Bahrein, Kuwait, Iraque e Omã.