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China barra ingresso em Hong Kong de líder de entidade de direitos humanos

Pequim alega que organização estimula os protestos pró-democracia e ações violentas que acontecem na ilha há sete meses

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 15h08 - Publicado em 13 jan 2020, 16h41
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  • O diretor-executivo do Observatório de Direitos Humanos (HRW), Kenneth Roth, declarou ter sido proibido pelas autoridades da China no domingo 12 de ingressar no país. Ele iria divulgar em Hong Kong o mais recente relatório global da entidade sobre abusos dos direitos humanos em 100 países.

    Roth afirmou ter ingressado livremente no país no passado para divulgar os relatórios anuais da HRW e que esta foi a primeira vez que se viu barrado no aeroporto. O diretor-executivo da organização está entre os muitos ativistas, jornalistas estrangeiros e acadêmicos impedidos de entrar no território semi-autônomo desde que explodiram protestos pró-democracia há sete meses.

    “Neste ano (o novo relatório mundial) descreve como o governo chinês está minando o sistema internacional de direitos humanos. Mas as autoridades acabaram de impedir minha entrada em Hong Kong, ilustrando o agravamento do problema”, publicou Roth em sua conta de Twitter.

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    Nesta segunda-feira, 13, a China defendeu a proibição da entrada do chefe da HRW dizendo que as organizações não-governamentais são responsáveis pelos distúrbios políticos na cidade semi-autônoma e devem “pagar o preço adequado”.

    O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, disse que a entidade “incentivou ativistas radicais de Hong Kong a adotarem ações violentas e extremistas” e completou que discriminar a entrada de indivíduos no território “é um direito soberano da China”.

    Anteriormente, as autoridades imigratórias de Hong Kong haviam alegado somente “razões imigratórias” como justificativa, segundo Roth.

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    Sediada em Nova York, a HRW deveria divulgar seu Relatório Mundial de 2020 no Clube de Correspondentes de Hong Kong no dia 15 de janeiro. O ensaio introdutório do documento alerta que o governo chinês está realizando um ataque intensivo ao sistema global de proteção dos direitos humanos. 

    Roth agora lançará o relatório em uma entrevista coletiva em 14 de janeiro nas Nações Unidas em Nova York.

    (Com Reuters)

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