A China suavizou na terça-feira 11 as condições de entrada para os cidadãos de 36 países europeus, facilitando o acesso ao visto para as pessoas que já têm permissão de residência mas que estão bloqueadas no exterior há quatro meses devido à pandemia de Covid-19.
As fronteiras chinesas estavam fechadas desde o final de março. Naquela época, o vírus já estava controlado dentro do território chinês, mas se alastrava pela Europa e não demoraria muito para chegar nas Américas. Os estrangeiros que têm permissão de residência no país ficaram bloqueados no exterior, sem a possibilidade de retorno à China.
O comunicado da reabertura das fronteiras veio por meio das embaixadas da China nos países europeus. O comunicado estipula que as pessoas em posse de uma permissão de residência válida podem “solicitar um visto chinês de forma gratuita”. A lista de países inclui Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Itália, Polônia, Reino Unido e Suíça.
Até então, somente alguns estrangeiros conseguiram retornar à China, como diplomatas e poucos empresários, técnicos ou docentes, que precisavam de uma carta de convite das autoridades locais, algo difícil de ser obtido. Além da carta, os estrangeiros também precisavam pagar pelo visto.
O comunicado divulgado pela embaixada chinesa na Alemanha explica que a carta de convite não será mais exigida para a obtenção do visto.
Apesar da flexibilização na concessão de vistos, as medidas de segurança permanecem em vigor. Qualquer pessoa procedente do exterior deve passar por uma quarentena obrigatória de 14 dias ao desembarcar no país.
Enquanto a epidemia parece ressurgir em pontos da Europa e ainda castiga as Américas, a China praticamente erradicou a doença em seu território. Nesta quarta-feira, 12, Pequim anunciou apenas 25 novos casos de contágio, 16 deles em pessoas que chegaram do exterior.
A China não registra nenhuma morte provocada pela Covid-19 desde maio, de acordo com os números oficiais. Alguns focos de contágio, porém, foram registrados em diversas regiões, sobretudo em Pequim, no nordeste e noroeste do país. O balanço da epidemia na China registra oficialmente quase 85.000 casos e 4.634 mortes.