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China fracassa ao propor pacto de segurança a ilhas do Pacífico

Chanceler chinês tenta firmar acordo comercial e militar com dez países da região, mas conversas não avançaram

Por Da Redação
30 Maio 2022, 16h43
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  • BEIJING, CHINA - MARCH 07: Chinese Foreign Minister Wang Yi is seen on large screens as he holds a press conference at the Media Center on March 07, 2022 in Beijing, China. (Photo by Andrea Verdelli/Getty Images
    O ministro Relações Exteriores da China, Wang Yi, se reuniu com autoridades de 10 países insulares do Pacífico para tratar de acordo econômico e militar. 30/05/2022.  (Andrea Verdelli/Getty Images)

    A reunião entre o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, e 10 países insulares do Pacífico terminou nesta segunda-feira, 30, sem o fechamento de um acordo sobre segurança. O encontro ocorre em meio à críticas dos Estados Unidos e seus aliados sobre a ambição de Pequim de ampliar sua influência sobre nações independentes da região próxima à Oceania.

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    A reunião do ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, com líderes das ilhas do Pacífico tinha o objetivo de debater propostas para aumentar a participação chinesa na segurança, economia e política na área.

    De acordo com a mídia estatal chinesa, autoridades da Samoa, Tonga, Kiribati, Papua Nova Guiné, Vanuatu, Ilhas Salomão, Niue e Vanuatu concordaram em cinco áreas de cooperação, que incluem recuperação econômica após a pandemia de Covid-19 e novos centros para agricultura e desastres, mas não alcançaram consenso sobre segurança.

    “A China divulgará seu próprio documento sobre nossas posições e propostas de cooperação com os países insulares do Pacífico, e daqui para frente continuaremos a ter discussões e consultas contínuas e aprofundadas para formar mais consenso sobre a cooperação”, disse o ministro chinês a repórteres em Fiji, sede do evento.

    Quando questionada sobre os motivos que justificariam a busca da China em ser tão ativa no Pacífico Sul, a resposta de  Wang Yi foi que a China também apoiou os países em desenvolvimento na África, Ásia e Caribe.

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    “Não fiquem muito ansiosos ou nervosos, porque o desenvolvimento comum e a prosperidade da China e de todos os outros países em desenvolvimento significaria apenas grande harmonia, maior justiça e maior progresso de todo o mundo”, disse ele.

    O primeiro-ministro de Fiji, Frank Bainimarama, disse a repórteres que as nações do Pacífico estão priorizando o consenso. “A pontuação geopolítica significa pouco para qualquer pessoa cuja comunidade está afundando no mar, cujo emprego está sendo perdido pela pandemia ou cuja família é impactada pelo rápido aumento no preço das commodities.”

    Em um discurso por escrito para a reunião, o líder Xi Jinping disse que a China sempre será uma boa amiga das nações do Pacífico, não importa como a situação internacional mude, informou a emissora estatal chinesa CCTV.

    A busca da China por acordos de segurança mais amplos está causando preocupação em países ocidentais. Estados Unidos, Austrália, Japão e Nova Zelândia criticaram um pacto de segurança assinado pelas Ilhas Salomão com a China no mês passado, dizendo que tem consequências regionais e pode levar a uma presença militar chinesa perto da Austrália.

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    Autoridades da União Europeia levantaram a possibilidade do país oriental seguir o exemplo da Rússia, sugerindo que o país governado por Xi Jinping aproveitaria o acordo militar para levar seus navios de guerra ao Pacífico – a menos de 2.000 km da costa australiana.

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    O chanceler chinês condenou a interferência e disse que o relacionamento das Ilhas Salomão com a China é um modelo para outras nações insulares do Pacífico. Em encontro com a chefe de direitos humanos das Nações Unidas, Michelle Bachelet, na semana passada, o presidente chinês acusou a organizações de usar a questão humanitária como “pretexto para interferir nos assuntos internos de outros países”.

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    Na última segunda-feira, 23, durante sua primeira visita presidencial à Ásia, Joe Biden afirmou que os Estados Unidos usariam força militar para defender Taiwan, caso a ilha fosse invadida pela China. Confirmando o compromisso de Biden, uma delegação liderada pela senadora Tammy Duckworth, democrata de Illinois, chegou à capital taiwanesa nesta segunda-feira.

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    De acordo porta-voz do governo de Taiwan, Xavier Chang, a delegação se reunirá com a presidente da ilha, Tsai Ing-wen, na terça-feira, 31, para discutir “segurança regional, cooperação econômica e comercial e todas as questões relacionadas às relações bilaterais entre Estados Unidos e Taiwan”.

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