A China não conduziu apenas um, mas sim dois testes de armas hipersônicas. O primeiro foi em julho e o segundo em agosto, de acordo com nova reportagem do jornal Financial Times.
Eles informaram que Pequim lançou um foguete que empregava um sistema de “bombardeio orbital fracionário” para impulsionar um “veículo planador hipersônico” com capacidade nuclear ao redor da Terra.
Porém o governo chinês relata que só enviou um avião espacial, tendo feito o teste dia 16 de junho.
“Entende-se que este foi um teste de rotina de um veículo espacial para verificar a tecnologia de reutilização da espaçonave”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian.
Desde a primeira revelação do teste de armas hipersônicas na China, no começo desta semana, os Estados Unidos se mostraram tensos.
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, disse que o governo do presidente americano estava muito preocupado com o mais recente desenvolvimento da capacidade de armas nucleares da China.
E o próprio presidente Joe Biden confirmou a preocupação quando perguntado por repórteres.
O especialista em não-proliferação, Jeffrey Lewis, escrevendo para a revista Foreign Policy, disse que o teste da China era uma “notícia indesejável”, mas “não era nova”, uma vez que já foi usada pela União Soviética na Guerra Fria.
“É mais um passo em uma corrida armamentista inútil, cara e perigosa”, afirmou Lewis.
De acordo com estimativas, as armas hipersônicas viajam na atmosfera superior a velocidades de até 6.200 quilômetros por hora.
Os Estados Unidos também correm para a produção do armamento nuclear.