Cidade russa afirma que 120 civis já morreram por ataques ucranianos

Desde o início da guerra, 651 civis foram feridos e 11 crianças morreram em cidade que faz fronteira com a Ucrânia, segundo governo local

Por Da Redação
Atualizado em 8 Maio 2024, 13h01 - Publicado em 23 abr 2024, 12h10

BELGOROD, RUSSIA - APRIL 1: (---EDITORIAL USE ONLY â MANDATORY CREDIT - "RUSSIAN MINISTRY OF EMERGENCY SITUATION/ HANDOUT" - NO MARKETING NO ADVERTISING CAMPAIGNS - DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS----) A screen grab captured from a video shows firefighters responding a fire, broke out after Ukranian military helicopters hit a fuel depot in the Russian city of Belgorod, Russiaâs governor of the Belgorod region Vyacheslav Gladkov said, on April 1, 2022. (Photo by Russian Ministry of Emergency Situation/Handout/Anadolu Agency via Getty Images) — Ataque ucraniano a Belgorod (An adolu Agency/Getty Images)

O governo da cidade russa de Belgorod, que faz fronteira com a Ucrânia, afirmou nesta terça-feira, 23, que desde o início da guerra, há dois anos, pelo menos 120 civis morreram, vítimas de ataques ucranianos, e 651 ficaram feridos. Ao longo do ano passado inteiro, a cidade alvo de repetidos bombardeios e ofensivas com drones.

Segundo o governador da região de Belgorod (de mesmo nome da capital), Vyacheslav Gladkov, entre os mortos estão 11 crianças, e entre os feridos, 51 – algumas delas teriam sofrido amputações.

“A situação é extremamente difícil. Os ataques continuam. Pessoas continuam morrendo”, afirmou Gladkov em uma mensagem de vídeo no Telegram. Ele alertou os cidadãos russos para ficarem atentos a qualquer ataque durante as celebrações das Páscoa Ortodoxa, em 5 de maio.

O que diz a Ucrânia

Até o momento, Kiev negou que civis sejam um alvo direto, além de ter reiterado que suas forças também têm o direito de atacar a Rússia, como os soldados russos fazem com o seu território.

Entretanto, autoridades dos Estados Unidos afirmam estar preocupadas com as investidas em territórios russos por medo de ampliar a escala da guerra. Em março, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou estar pronto para uma “guerra nuclear”. E no início de abril, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a Rússia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) já estão em confronto direto, já que a Ucrânia depende das armas fornecidas por aliados no Ocidente para lutar contra os russos.