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Cidade venezuelana na fronteira com o Brasil está sob estado de sítio

Povo venezuelano é prisioneiro de um país que não produz alimentos e já não pode mais buscar ajuda no exterior, diz deputado oposicionista

Por Denise Chrispim Marin 21 fev 2019, 17h09
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  • O deputado da Assembleia Nacional Venezuelana, Américo De Grazia: ingresso de ajuda internacional será 'missão impossível' sem apoio dos militares - 08/01/2019 (//AFP)

    Ocupada por militares e blindados da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) desde quarta-feira 19, a cidade de Santa Helena de Uairén, a 15 quilômetros de Pacaraima (RR), está vivendo sob estado de sítio. Os serviços de telefonia, internet, a eletricidade, a água estão cortados, denunciou a VEJA o deputado da Assembleia Nacional Américo De Grazia.

    “A população de Santa Helena está isolada, sem a possibilidade de buscar ajuda diária do lado brasileiro, como é usual”, afirmou De Grazia. “Enquanto isso, o resto da população do país continua vivendo em escassez e fome.”

    O deslocamento de tropas e de blindados para esta cidade na fronteira com o Brasil, na quarta-feira, fora registrado pelo deputado de oposição em seu perfil no Twitter. Com o fechamento da divisa da Venezuela com o Brasil, nesta quinta-feira, o governo de Nicolás Maduro bloqueia a terceira via de acesso da ajuda humanitária internacional ao país. As fronteiras com a Colômbia e com as ilhas holandesas no Caribe já haviam sido fechadas.

    “Maduro disse que o fechamento de fronteiras é total. Quem sai prejudicado é o povo venezuelano, que já é prisioneiro de um país que não produz alimento nenhum e que, agora, não tem acesso à ajuda do exterior”, afirmou De Grazia.

    Segundo o deputado, o chamado do presidente interino, Juan Guaidó, pelo ingresso da ajuda internacional no sábado, 23, será uma “missão impossível” se não houver apoio dos militares venezuelanos. Os uniformizados, porém, continuam leais ao governo de Nicolás Maduro e, como aconteceu na fronteira com o Brasil, continuam correspondendo às suas ordens.

    “Eles têm o monopólio da violência. Nós, não”, afirmou. “A subordinação do alto comando da Força Armada ao regime não se dá por genuína lealdade, mas por participação nos esquemas de corrupção e de narcotráfico e na cumplicidade nas violações aos direitos humanos”, completou.

    Para o deputado as iniciativas de Maduro de enviar ajuda humanitária para Cuba e para a Colômbia, em um momento de carestia para os venezuelanos, faz parte de sua propaganda política. Da mesma forma é classificada a sua intenção de montar um show do lado venezuelano da fronteira com a Colômbia na sexta-feira e no sábado, quando Guaidó também convocou um concerto com artistas internacionais e o ingresso da ajuda à Venezuela.

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