O Exército colombiano anunciou nesta semana o fim das buscas pelo pastor belga Wilson, que ajudou a localizar Lesly, Soleiny, Cristin Neryman e Tien Noriel, as quatro crianças perdidas na selva amazônica por 40 dias. Segundo o comandante das Forças Especiais, general Pedro Sanchez, seria extremamente “improvável” encontrar o cachorro desaparecido desde 9 de junho, quando os menores foram resgatados.
Durante o anúncio feito na Praça de Armas da Casa de Nariño, em Bogotá, Sanchez prestou uma homenagem aos militares e indígenas que participaram da Operação Esperança, nome dado à missão de encontrar as crianças perdidas.
“Wilson é um militar nosso. Fizemos absolutamente tudo ao nosso alcance, não medimos esforços para encontrá-lo, mas sabemos que é praticamente improvável que possamos encontrá-lo”, disse.
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Sanchez também reconheceu a importância do animal para a instituição e reconheceu a perda do pastor belga como a de qualquer membro das Forças Armadas. O general afirmou que Wilson seria “lembrado” pelo povo colombiano da mesma maneira que “outros caninos” e soldados que “ofereceram suas vidas” pelo Exército. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e o ministro da Defesa, Iván Velásquez, também participaram da homenagem.
Durante o evento, Petro entregou medalhas da Ordem Boyacá, a segunda maior condecoração para militares e a maior para civis, aos soldados e nativos que participaram da operação.
O pastor belga de seis anos foi criado no Exército e recrutado para ajudar na missão de busca pelas crianças que durou mais de um mês. Um dia antes do sucesso da Operação Esperança, no dia 6 de junho, o Exército anunciou o desaparecimento do animal.
Uma das hipóteses levantadas de Wilson ter se perdido seria que ele ficou desorientado devido às condições hostis da região, local com uma densa folhagem que impede a visão a mais de 20 metros de distância. A umidade e as condições favoráveis também foi um fator levado em conta para seu desaparecimento, já que esses mesmo motivos impediram que o localizador de satélite que o pastor usava fosse localizado.
O general Hélder Giraldo, comandante das Forças Armadas, deu a primeira ordem para seguir o rasto do animal. De acordo com ele, nenhum “camarada caído” deve ficar “abandonado no campo de combate”.
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Ao todo, mais de 70 militares participaram da busca por Wilson. Entre as estratégias usadas para encontrá-lo estava o recrutamento de duas fêmeas no cio para tentar atraí-lo. Os soldados também colocavam comida em alguns pontos estratégicos para permitir que o animal se mantivesse forte até ser finalmente localizado. Segundo os relatos das crianças, o pastor já se encontrava debilitado quando conseguiu encontrá-las.