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Com drones, Ucrânia diz ter afundado mais um navio de guerra russo

Se confirmada, seria a terceira operação bem-sucedida de Kiev contra barcos russos da Frota do Mar Negro na Crimeia

Por Da Redação
Atualizado em 8 Maio 2024, 12h39 - Publicado em 5 mar 2024, 09h14
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  • A Ucrânia comunicou nesta terça-feira, 5, que teria afundado mais um navio de guerra russo com drones. Segundo a agência de inteligência ucraniana, a embarcação de patrulha fazia parte da Frota do Mar Negro e estava nas águas da Crimeia quando foi atingida. É o último de uma série de ataques bem sucedidos usando drones marítimos contra barcos de Moscou.

    A Diretoria Principal de Inteligência ucraniana informou em seu canal no aplicativo de mensagens Telegram que sua unidade especial Grupo 13 atacou o navio “Sergey Kotov” perto do Estreito de Kerch.

    “Como resultado de um ataque de drones marítimos Magura V5, o navio russo Projeto 22160 Sergey Kotov sofreu danos na popa, estibordo e bombordo”, afirmou a agência de inteligência, acrescentando que a embarcação valia cerca de US$ 65 milhões. Andriy Yermak, chefe de gabinete do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também disse nesta terça-feira que a Frota Russa do Mar Negro “é um símbolo de ocupação”, e por isso “não pode estar na Crimeia Ucraniana”, segundo post no Telegram.

    https://twitter.com/wartranslated/status/1764926600003400031/video/1

    O tráfego de trens foi temporariamente interrompido na ponte que liga a península da Crimeia ao continente russo, de acordo com o canal no Telegram de um funcionário russo instalado na Crimeia pelo Kremlin. O tráfego rodoviário também foi suspenso por várias horas.

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    Ataques bem-sucedidos

    Em fevereiro, a inteligência militar ucraniana divulgou um vídeo que dizia mostrar vários drones navais afundando um grande navio de desembarque – usado para levar ao continente armas, blindados e soldados – da classe Ropucha, chamado Cesar Kunikov, na costa da Crimeia. Blogueiros militares russos, que publicam regularmente informações sobre incidentes antes de serem confirmados pelo Exército, também corroboraram relatos de um ataque contra a embarcação.

    “Sucessivamente, a frota do Mar Negro revela-se incompetente e incapaz de repelir ataques de unidades ucranianas”, escreveu Rybar, um popular blogueiro militar russo, em resposta ao ataque ao Cesar Kunikov.

    A operação desta terça-feira, contra o Sergey Kotov, foi a terceira operação bem-sucedida neste ano contra um navio de guerra russo que opera no Mar Negro.

    No dia 1º de fevereiro, drones marítimos ucranianos Magura V5 atingiram o navio de guerra russo Ivanovets num sofisticado ataque noturno, que evidenciou a vulnerabilidade da frota russa contra equipamentos aéreos não tripuladas. Na época, a inteligência militar da Ucrânia publicou um vídeo mostrando o momento da investida contra a corveta russa, que terminou com três imagens dramáticas mostrando-a tombando, explodindo e afundando.

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    O Ivanovets é um pequeno navio de guerra com mísseis, que normalmente comporta uma tripulação de cerca de 40 pessoas. Não ficou claro se houve vítimas, embora seja provável, dada a velocidade e intensidade do ataque.

    Estratégia

    Kiev tem tentado contestar o domínio de Moscou sobre o Mar Negro desde o início da guerra, em fevereiro do ano passado, mas só começou a obter sucesso por meio de ataques com mísseis de longo alcance, muitos deles fornecidos por aliados no Ocidente, e da utilização inovadora de drones marítimos.

    Criados pelos ucranianos, esse tipo de drones, cujo modelo é baseado em jet-skis modificados, custam dezenas de milhares de dólares, operam em enxames e podem ser controlados remotamente. O vídeo divulgado pelo Ministério da Defesa baseia-se numa seleção de transmissões de vídeo ao vivo dos drones, até ao momento do impacto, em alguns casos.

    A Ucrânia disse que ambos os ataques foram realizados por uma unidade especial chamada Grupo 13, especializada em guerra naval não tripulada.

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