Condenado por matar George Floyd faz acordo com Justiça dos EUA
Ex-policial Derek Chauvin já havia sido condenado em 2020 e poderá cumprir as duas penas simultaneamente
O juiz federal responsável pelo caso dos quatro policiais envolvidos no assassinato de George Floyd, em maio de 2020, aceitou o acordo judicial de Derek Chauvin, culpado por matar o segurança ao ajoelhar em seu pescoço por nove minutos, até que parasse de respirar. Ele foi condenado de 20 a 25 anos de prisão.
Chauvin já havia sido condenado em junho de 2021 a 22 anos e meio de prisão por homicídio em segundo grau, homicídio em terceiro grau e homicídio culposo em segundo grau. No ano passado, ele também se declarou culpado por “violar os direitos constitucionais” de Floyd.
O ex-policial havia sido condenado pela Justiça de Minneapolis por homicídio e pela Justiça Federal por violar os direitos civis de Floyd.
A defesa de Chauvin pediu ao Tribunal de Apelações de Minnesota que anulasse sua condenação por violação dos direitos do ex-segurança, meses atrás, que também mencionou que Chauvin deveria cumprir entre 17 e pouco mais de 21 anos, “assumindo todo o crédito de bom tempo”.
Ele poderá cumprir as duas penas simultaneamente.
A morte do homem negro de 46 anos gerou indignação generalizada depois que um vídeo que capturou a abordagem do agente de segurança viralizou na internet, mostrando como Chauvin ajoelhou-se sobre o pescoço do suspeito. Desarmado, o ex-segurança detido sob a suspeita de ter utilizado uma nota de 20 dólares falsa repetiu “eu não consigo respirar” diversas vezes até perder a consciência.
O crime gerou uma onda de protesto ao redor do mundo contra o racismo e a violência da polícia. De acordo com uma pesquisa da Bowling Green State University, além de Chauvin, apenas dez policiais foram condenados nos Estados Unidos por homicídios em serviço desde 2005.