Conflito na Ucrânia já deixou 368 mil refugiados, diz ONU
Invasão russa chegou ao quarto dia neste domingo; milhares de pessoas fugiram do país pelas fronteiras com a Polônia, Hungria, Romênia e Moldávia
Milhares de pessoas foram forçadas a deixar as suas casas com a escalada do conflito na Ucrânia. Desde o início da invasão pela Rússia na última quinta, ao menos 368.000 pessoas fugiram do país e cruzaram a fronteira rumo a Polônia, Hungria, Romênia e Moldávia, segundo cálculo do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR).
De acordo com o comissário Filippo Grandi, governos e cidadãos dos países vizinho estão acolhendo os refugiados. “Se faz urgente partilhar, de maneira concreta, esta responsabilidade”, disse Grandi.
A capital ucraniana Kiev ainda não caiu para os russos, que, contudo, chegaram na madrugada deste domingo à segunda maior cidade do país, Kharkiv. Imagens que circulam na internet desde o início do domingo mostram os invasores a pé e em veículos blindados cruzando as ruas desertas da cidade que fica próxima à fronteira com a Rússia e a 480 quilômetros da capital. Também neste domingo emergiram nas redes vídeos de um gasoduto em chamas em uma região a 50 quilômetros da capital.
Os russos divulgaram que têm o domínio de ao menos três cidades. O governador ucraniano Oleh Synehubov pediu na manhã deste domingo para que as pessoas em Kharkiv não deixassem seus abrigos, dado que o inimigo e as forças de defesa travavam um intenso confronto no centro da cidade.
Também neste domingo, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se dispôs a negociar um cessar-fogo, mas rejeitou a proposta russa de um encontro em Belarus, além de ter acusado seus inimigos de atacarem alvos civis no país. Zelensky falou em genocídio e fez um apelo ao tribunal de Haia para responsabilizar Vladimir Putin por crimes de guerra.