Mais de 20 palestinos e israelenses foram feridos em confronto na mesquita de al-Aqsa, em Jerusalém, no domingo 17. Os conflitos, que começaram na sexta-feira 15, momento em que a Páscoa judaica coincide com o Ramadã muçulmano, já somam mais de 170 feridos.
A polícia informou que “centenas” de manifestantes palestinos dentro do complexo da mesquita começaram a juntar pilhas de pedras, pouco antes da chegada dos visitantes judeus – que têm permissão para visitar, mas não para rezar no local. O templo é o lugar mais sagrado do judaísmo e o terceiro mais sagrado do islamismo.
A polícia israelense disse entrou no complexo para “remover” os manifestantes e “restabelecer a ordem”. O ministro da Segurança Pública de Israel, Omer Bar-Lev, afirmou que 18 palestinos foram presos, acrescentando que as autoridades do país “agiriam com força contra qualquer um que ousasse usar o terrorismo contra cidadãos israelenses”.
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O rei Abdullah II da Jordânia, guardião de lugares sagrados no leste de Jerusalém, pediu a Israel no domingo que “pare com todas as medidas ilegais e provocativas” que levam “ao agravamento do conflito”. O chefe do movimento islâmico Hamas, que controla o enclave palestino de Gaza, já havia alertado Israel que “al-Aqsa é nossa e somente nossa”.
Há um ano, os confrontos dentro e ao redor da mesquita se transformarem em uma guerra de 11 dias entre Israel e militantes palestinos em Gaza.
Desde o final de março, palestinos e israelenses estão envolvidos em enfrentamentos na Cisjordânia, resultando em 36 mortes.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse no domingo 17 ao presidente palestino, Mahmud Abbas, que faria contato com todos os lados para “acabar com a escalada israelense”.